"Incompatibilidade de pensamentos". Segundo o ex-técnico do Alecrim, Pedrinho Albuquerque, esse foi o motivo da sua saída do comando da equipe. Em entrevista nesta sexta-feira(08), o treinador revelou que o presidente do clube, Anthony Armstrong, tentou interferir no seu trabalho à frente do Verdão, inclusive opinando sobre quem deveria entrar em campo ou ficar no banco de reservas.
- Ninguém interfere no meu trabalho, até porque eu não aceito esse tipo de coisa. Se o Alecrim me contratou para treinar o time, foi porque a diretoria achou que eu seria capaz. Portanto, não posso admitir que tentem interferir nas minhas decisões. Respeito muito o presidente Anthony, e o considero uma pessoa formidável, mas não concordo com esse tipo de atitude - disse Pedrinho.
Segundo Pedrinho, em pelo menos duas partidas da Copa FNF, a primeira fase do Campeonato Potiguar, o cartola alviverde mandou seus seguranças ao vestiário do Alecrim para transmitirem ao técnico alguns recados com "pedidos" de substituições. O treinador se disse chateado com a situação, mas afirmou não guardar qualquer tipo de mágoa do período em que comandou o Verdão.
- É muito chato ter que passar por esse tipo de situação. Afinal, quem treinava o time diariamente era eu. Portanto, quem conhecia melhor o time era eu. A opinião do técnico deve prevalecer sempre. Cartolas não podem escalar as equipes. Até porque, na hora em que a torcida grita 'burro', o alvo é o treinador, e não o presidente. Mas saio do Alecrim com a consciência de que fiz um bom trabalho e ganhei novos amigos no futebol - falou.
Ainda de acordo com Pedrinho Albuquerque, apesar dos oito jogos de invencibilidade que teve antes da goleada sofrida para o Potiguar de Mossoró, na última quarta-feira, ele já imaginava que seria mandado embora assim que viesse o primeiro tropeço.
- Eu já tinha escutado de algumas pessoas dentro do clube que isso aconteceria assim que a sequência de jogos sem perder fosse quebrada. Não importava se a gente ia perder de 1 a 0 ou 10 a 0. Pelo menos foi o que me disseram. Não acho que essa foi a decisão mais acertada, mas respeito - afirmou.
Para finalizar, Pedrinho falou que, logo após a sua demissão do comando do Alecrim, outros clubes já o procuraram e fizeram propostas de emprego. Mas o técnico diz não ter pressa, e ainda pretende conversar com os familiares para decidir o seu próximo destino.
- Foi por causa da pressa que o caranguejo nasceu sem pescoço. Vamos resolver tudo com calma - finalizou em tom bem-humorado.
Fonte globoesporte.com/rn
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