Após oito meses sem atuar em uma partida oficial, por causa de uma lesão no tornozelo na final do segundo turno do Campeonato Potiguar deste ano, Allan Dias espera que 2023 seja melhor. Com contrato renovado até o fim do estadual, o jogador disse que usa a pré-temporada para retomar a forma física, a confiança e projeta foco em campeonatos como a Copa do Nordeste, em que o ABC ainda não venceu, e ressaltou a importância do estadual.
Entre os primeiros passos, o jogador afirma que se sente preparado e que a busca pela melhor forma é contínua. “A gente está se preparando aos pouquinhos conforme os jogos também. Se Deus quiser, na nossa estreia, é iniciar se não 100%, mas 90% ou o mais próximo possível do 100%. Dia a dia ir afiando os cascos para, no início, estar bem”, disse em entrevista coletiva no Centro de Treinamento do alvinegro.
A lesão no tornozelo fez com que o atleta não jogasse mais no restante da temporada. Foram oito meses sem entrar em campo, mesmo sendo relacionado na reta final da Série C, como prêmio pela disciplina durante a recuperação. Com o foco no ano que vem, ele já até atuou no amistoso contra o Botafogo/PB, na última semana. “Foi o maior tempo que fiquei em inatividade e é horrível. Vai desenferrujando, voltando a ter aquela questão psicológica de poder jogar, enfrentar o adversário, fisicamente voltar ao nível que estava até a lesão. Feliz demais e agora é desfrutar cada vez mais, trabalhar duro no começo do estadual para que a gente consiga iniciar com o pé direito”, pontuou.
Allan Dias também falou um pouco sobre a volta após a recuperação da lesão. “No início a gente sofre um pouco, principalmente na minha parte, por ter ficado esse tempo todo parado. Então volta, sente dor aqui, ali, é sofrido um pouquinho o início mas agora não. A gente está mais solto, mais leve e aos pouquinhos. Se Deus quiser estaremos bem preparados para o ano todo, é um calendário cheio, de muitos compromissos, então a gente precisa estar preparado para fazer nosso melhor”, contou.
Polivalente, o jogador virou uma espécie de coringa na equipe. Chegou como volante, já atuou como um camisa 10 e volta e meia joga como um centroavante, o clássico número nove. “A gente está se preparando para isso. O professor tem cobrado bastante. Toda vez que sobra uma bola, que eu consigo finalizar o professor diz ‘olha aí, tá vendo? Tem que estar dentro da área’. Eu gosto de participar bastante do jogo, de receber a bola, de criar. Eu tenho que estar com a cabeça voltada para isso e ter um pouco mais de paciência, até porque muita parte do jogo eu fico sem encostar na bola. É ter paciência, trabalhar essa questão mental para saber que tem que ficar ali, que uma bola que passar eu tenho que estar preparado para dominar e fazer o gol. Aos pouquinhos, no dia a dia, nos jogos treino vou treinando, para poder iniciar assim. Nos jogos que fiz, comecei como 10 e no decorrer fui para a nove. Só trabalhar essa questão mental para jogar o jogo inteiro com a nove”, explicou.
Questionado a respeito da próxima temporada, ele valorizou a importância da Copa do Nordeste, um título que a equipe ainda não conquistou, sem deixar de lado a importância para outros campeonatos, como a Série B, Copa do Brasil e o estadual. “Campeonato que o ABC não tem o título. Campeonato Potiguar a gente sabe que é o carro-chefe. Para o ano seguinte, temos uma prioridade para o potiguar, apesar de já estar em casa, 57 vezes campeão. É uma competição onde a gente volta nossa atenção. Mas falando de visibilidade, a questão da Copa do Nordeste, Copa do Brasil, que entra uma renda parao clube, as competições são muito importantes”, finaliza.
Fonte Douglas Lemos Foto: Reprodução / ABC F.C