terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aos 40, senhor Ceni avisa: ‘Espírito de competição ainda tem 18'

   Rogério Ceni caminha a passos arrastados para a entrevista. Acabou de perder dois quilos no treino da manhã ensolarada no CT de Cotia. Rosto cansado, mas mente espirituosa para zombar de seu próprio aniversário:
- 40 anos não se comemora, se lamenta - diz, com leve sorriso de canto de boca.
   Sim. Nesta terça-feira hoje 22/01/2013, um dos maiores ídolos da história do São Paulo completar 40 anos. Número raro para um jogador de futebol, mas nada surpreendente para quem coleciona recordes. Mais de mil jogos, mais de cem gols, tantos títulos e, mais recentemente, duas lesões que colocaram em risco sua carreira.
Marcas que fizeram dobrar seu período de treinamento, que chega a até quatro horas em vez das duas de antigamente. Tudo para conquistar mais títulos pelo São Paulo, uma das maiores paixões do quarentão. Paixão que teve início pela televisão, em fevereiro de 1987, quando o adolescente de 14 anos, encantado, viu o centroavante Careca empatar o jogo contra o Guarani no último minuto e levar o Tricolor à decisão por pênaltis, para depois conquistar o bicampeonato brasileiro. Aquele jogo e a camisa branca, com as listras no peito, mexeram com o jovem, que mal podia imaginar estar no Morumbi quatro anos depois.
   E que ninguém se engane com o andar arrastado e a aparência estafada. Era apenas uma circunstância pós-treino. Rogério continua a todo vapor. Na hora de orientar os companheiros em cada atividade, ao cobrar a diretoria por mais reforços e no tom realista até demais de seu discurso: o São Paulo terá de melhorar muito para ser considerado favorito a qualquer conquista em 2013. Ao menos, o clube sabe que pode contar com o quarentão, um “garoto” dentro de campo.
- Meu espírito de competição ainda tem 18 anos. Você não devia imaginar jogar até os 40 anos. 

Como é viver essa realidade?
É uma realidade difícil, o corpo apresenta sintomas que tenho de compensar com treinamentos, especialmente de recuperação após jogos e treinos. Estamos investindo muito em crioterapia (utilização de gelo e baixas temperaturas para combater inflamações e prevenir lesões musculares), reforço muscular. Hoje (na última sexta-feira, véspera da estreia no Paulistão) perdi dois quilos no treino, são dias quentes. A fisiologia evoluiu muito e propicia ao atleta estender mais a profissão, mas para isso tem de ter dedicação e disponibilidade de tempo. Antigamente meu treino demorava duas horas, agora leva quatro, pelas lesões, aquecimento de ombro, tudo.


E como é ter 40 anos?
Nunca tive 40 anos antes, sabe (risos). Não posso dizer, mas me sinto bem. Sempre fui uma pessoa relativamente ultrapassada em relação à tecnologia, tive uma infância bem diferente dos meninos de hoje. Não peguei computador, celular, videogame. Era na rua, e considero muito boa, porque acho que isso ajuda o desenvolvimento da capacidade mecânica do ser humano. Parece que com muito tempo em frente à televisão ou computador não se desenvolve como antigamente. De 39 para 40 não muda muito, é mais a mística da data redonda, assim como foi quando fiz o centésimo gol. Eu me sinto bem para um atleta, se não fossem as lesões me sentiria muito melhor. Elas fazem com que a gente sofra mais para se 
manter em forma com 23 anos de carreira.


Você se sente mais responsável, ainda mais num grupo que tem vários jovens?
Eu me sinto responsável porque sempre fui assim. Aos 25, 30, 35 e aos 40. Eu me cobro muito, mais a mim do que a todos eles, mas com 20 ou 40 meu objetivo sempre foi alcançar o melhor do time, o melhor que eu pudesse dar, e as vitórias. Agora encontro mais dificuldades, mas meu espírito de competição ainda tem 18, 20 anos. Talvez com o corpo um pouco mais surrado pelo tempo, mas com um ganho de percepção de jogo muito grande, antecipação de jogadas. Vislumbrar um pouquinho antes o que vai acontecer é importante.

Qual foi a primeira vez na sua vida que ouviu falar do São Paulo?
Desde garoto, mas a primeira vez que me chamou atenção foi quando fui para o Mato Grosso, aos 12 anos. Antes eu morava no Sul e se falava de Inter e Grêmio. Eu escutava muitos jogos por rádio, não havia tantas transmissões. Quando o São Paulo montou o time vencedor dos Menudos, em 85, 86, comecei a acompanhar. E me lembro até hoje daquela final do Brasileiro contra o Guarani (veja no vídeo ao lado) . Houve grandes conquistas depois, mas aquele para mim é o jogo, o mais espetacular a que assisti do São Paulo (na final do Brasileirão de 86, disputada no início de 87, o atacante Careca empatou o jogo aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, e o Tricolor conquistou o título nos pênaltis, no Brinco de Ouro, em Campinas) . Passei a acompanhar mais de perto sem saber que depois estaria aqui. Comecei a compreender a história do São Paulo, e quatro anos depois vim para cá e comprovei o que via. E eu adorava a camisa do São Paulo. Achava muito bonita, toda branca com as listras na altura do peito. Sempre gostei muito dessa camisa, até hoje acho lindíssima. Foi o que me chamou atenção. Hoje o São Paulo se orgulha de ser 6-3-3 (seis títulos brasileiros, três da Libertadores e três Mundiais), mas quando você nasceu era 0-0-0...
 E quando eu cheguei aqui não era muito diferente, não, viu (risos). Eram dois títulos brasileiros só. Então me orgulho muito de ter feito parte disso. Não me lembro do título de 77, nem da Copa de 78 eu me lembro. Na década de 80 eu passei a entender mais futebol. Antes só queria saber de jogar bola.

Você acha que pode se tornar uma tendência o atleta de futebol jogar até os 40, ou ainda será raro?
Não vai ser um percentual alto que chegará aos 40, mas com a medicina e a fisiologia evoluindo, vejo atletas de 35 a 38 anos, que hoje já são considerados velhos, ou experientes demais, jogando mais tempo em alto nível. Pode ser que no gol aconteça, mas ainda não é uma coisa natural, habitual.


Quando você era garoto, devia ver as pessoas de 40 anos como uns velhos, não é?
Sim, um senhor! Respeito aos mais velhos é muito importante, e hoje muita gente me chama de senhor. Muito em função do respeito, mas também dos cabelos (risos). Assim como eu 
chamo de senhor quem é mais velho que eu. São as leis da vida.

E de tio?
Tio, nunca! Nem meu sobrinho me chama de tio. Mas um cara de 40 anos não é velho. É que você convive com muitos jovens. Algumas pessoas aparentam ser mais velhas, o atleta até compete em alto nível, mas quando compara com a saúde de um menino como o Lucas, por exemplo, com velocidade, força, de outra posição, você fica mais velho. Mas, mesmo com 40 anos, quando brinco na linha parece que há outros chegando na minha idade, viu (risos).

Você tem orientado muito o time nessa pré-temporada, não é?
Eu tento ajudar sempre. Falar, posicionar, organizar, para que levem a sério o chute a gol, por exemplo. O atleta não pode se desgastar à toa. O número de jogos é muito grande, a velocidade aumentou. Não é necessário que os treinos tenham duas horas de duração. Na Europa, eles duram 45 minutos, uma hora, uma hora e quinze, mas a intensidade faz com que os jogadores tenham uma dinâmica muito boa. Eu falo: não faça chute a gol por fazer, faça como se fosse situação real de jogo. A bola não vai sobrar parada para você, não adianta ir trotando para o chute, tem de estar em movimento. O futebol está cada vez mais dinâmico, de fibra rápida. Jogadores como Wellington e Lucas vão se sobressair, jogadores “elétricos” é 
que têm espaço.

Você vai fazer 41 anos jogando ou aposentado?
Acho difícil, mas não tenho definição. A lógica, a maior probabilidade, é de encerrar a carreira até o fim do ano. Vamos ver o que acontece, como a gente vai competir e evoluir. Hoje não estamos num ponto em que possamos nos considerar favoritos a qualquer coisa. Temos de crescer muito, precisamos de um ou outro jogador. Hoje há times à nossa frente.

Que presente gostaria de ganhar?
O presente eu já tenho, que é a saúde, a oportunidade de trabalhar profissionalmente num dos maiores clubes do mundo. Já recebi isso na minha carreira, na minha vida. Quero força para trabalhar, e que a gente possa coroar isso dando presentes ao torcedor, que espera pelos títulos.

Qual foi o presente de aniversário que você mais gostou?
Quando fiz três ou quatro anos, eu estava emburrado. Havia ganhado vários presentes, mas estava chateado aquele dia. Aí ganhei uma bola de capotão. Meu pai conta que foi o primeiro sorriso que abri no dia do meu aniversário. Então tinha alguma coisa a ver com meu futuro.

Garoto do Planalto leva o ABC à vitória



Ontem, o ABC venceu o primeiro jogo na Copa Promissão, disputada em São José do Rio Preto. A vitória foi frente ao Grêmio de Porto Alegre. Destaque para Carlos Henrique que fez o segundo, o gol da vitória do time natalense. Carlos Henrique, jogador da Asseplan do Bairro Planalto (Natal) treinado por Carlos Gutemberg, vem se destacando como uma promessa do Alvinegro. Ele já treinou inclusive no elenco de profissionais sendo muito elogiado. Henrique nasceu em Natal no dia 05 de abril de 1996.

Jogos do ABC na Copa Promissão

16 de janeiro – Osasco 1x0 ABC
18 de janeiro – ABC 1x4 Vasco-RJ
19 de janeiro – ABC 0x0 Desportivo Aliança-AL
21 de janeiro – Grêmio-RS 1x2 ABC
22 de janeiro – ABC x Audax (hoje)

Agora em busca do hexa, Felipão anuncia primeira lista nesta terça


Substituto do demitido Mano Menezes, campeão mundial convoca jogadores para amistoso contra Inglaterra, no dia 6 de fevereiro, em Londres

A cada convocação da seleção brasileira com Mano Menezes, as novidades eram menores. Surpresas? Raras. E agora? Com a demissão do treinador, em novembro do ano passado, e a chegada de Luiz Felipe Scolari (técnico) e Carlos Alberto Parreira (coordenador), o torcedor certamente verá caras novas e outras nem tanto na primeira lista da Seleção que será divulgada por Felipão nesta terça-feira, às 14h (de Brasília), no Hotel Sheraton, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. 
  Nomes antes relegados por Mano podem reaparecer com Felipão. O goleiro Julio César, do Queens Park Rangers, e o atacante Robinho, do Milan, por exemplo, são apenas alguns dos que podem pintar na lista do comandante para o amistoso contra a Inglaterra, no dia 6 de fevereiro, em Wembley, em Londres. O primeiro do novo treinador à frente do time canarinho.
Por outro lado, jogadores que atuam no futebol brasileiro e teriam alguma chance com Felipão podem ser deixados de lado. Tudo por conta do pouco tempo de preparação dos clubes brasileiros, que retornaram às atividades nos campeonatos estaduais no último fim de semana. Por conta disso, Ronaldinho Gaúcho, do Atlético-MG, por exemplo, ainda não deve ser incluído na lista de Luiz Felipe Scolari - o Campeonato Mineiro só começa neste fim de semana.
   - Não poderemos chamar alguns jogadores por causa de lesões, que atrapalham outros que voltaram mais tarde do período de descanso, disse Felipão.
   Vamos conversar com a comissão técnica e definir alguns nomes, tentaremos chegar a uma Seleção ideal, mas certamente teremos de três a cinco jogadores diferentes nos próximos jogos. Só vai dar para ter uma ideia em março ou abril - afirmou o treinador, que também citou as férias de atletas que atuam na Rússia e na Ucrânia.
  Para o amistoso diante dos ingleses, Felipão já tem um desfalque certo: o zagueiro Thiago Silva, do Paris Saint-Germain. Com uma lesão muscular, o capitão do time canarinho no período de Mano Menezes não será chamado para a partida do próximo dia 6. O lateral-esquerdo Marcelo, recém-recuperado de uma cirurgia e já de volta aos treinos do Real Madrid, também corre o risco de ficar fora da primeira convocação do comandante da Seleção.
  O coordenador Carlos Alberto Parreira admitiu que o trabalho de Mano Menezes não será completamente descartado pela comissão técnica atual.
  - O treinador é quem tem a última palavra, sempre, sobre os jogadores, sobre o que ele quer o que pretende. O trabalho não vai começar do zero. Tem uma base que o Mano deixou e não tem como fugir disso. Não tem como encontrar novos 100 jogadores no futebol brasileiro. A base do Mano servirá de pontapé. Os jogadores vão sair dessa base, pois não haverá nenhum mistério. Será um início de trabalho para um jogo tão importante contra a Inglaterra, em Wembley, um palco histórico do futebol mundial - afirmou o campeão mundial em 1994.


Mano inicia renovação, mas não chega à Copa de 2014

  Mano Menezes foi demitido da seleção brasileira no dia 23 de novembro do ano passado, dois dias depois de conquistar o bicampeonato do Superclássico das Américas. Substituído pelo campeão do mundo em 2002, o antigo treinador deixou como principal legado para Felipão um Neymar consolidado como atacante da Seleção.
  Se com Dunga, em 2010, o santista não teve chances, na era Mano Menezes o atacante tornou-se a principal referência na seleção brasileira. Não à toa, tem o status de artilheiro desde agosto de 2010, com 17 gols em 27 partidas. Como parte dessa renovação estão também Lucas, do PSG, e Oscar, do Chelsea, por exemplo.
  Durante os pouco mais de dois anos que esteve à frente da seleção brasileira, Mano, ainda fora do futebol, convocou um total de 102 jogadores. Nesse grupo, poucos remanescentes da Copa do Mundo de 2010, na qual o Brasil caiu nas quartas de final para a Holanda, continuaram: Thiago Silva, Kaká, Daniel Alves e Ramires. Embora muitos outros tenham sido convocados ao longo desses dois anos, apenas esses quatro estiveram nas últimas listas do ex-treinador da Seleção. A tendência é que Felipão aproveite boa parte da base deixada pelo antecessor, mas o campeão tem como projeto dar mais experiência ao time canarinho.

Classificação do Campeonato Potiguar 2013 até o momento


Depois de três rodada, confira a classificação do Campeonato Estadual do Rio Grande do Norte, obedecendo os critérios de desempates. Veja:

P
Clubes
PG
J
V
E
D
GP
GC
S
AP%
Baraúnas
09
03
03
00
00
04
01
03
100%
Palmeira
07
03
02
01
00
03
01
02
77,78%
ASSU
06
03
02
00
01
04
02
02
66,67%
Santa Cruz
06
03
02
00
01
03
02
01
66,67%
Potiguar
03
03
01
00
02
03
04
-01
33,33%
Alecrim
03
03
01
00
02
01
03
-02
33,33%
Potyguar
01
03
00
01
02
01
03
-02
11,11%
Coríntians
00
03
00
00
03
01
04
-03
00%

Copa do Nordeste terá prosseguimento quarta e quinta feira



   A copa do Nordeste começou no ultimo fim de semana, e sua 2º rodada terá prosseguimento nesta quarta e quinta(23 e 24). Os jogos dos Grupos A, C e D serão na quarta-feira, enquanto as partidas do Grupo B acontecem na quinta.
No grupo "A", o ABC de Natal enfrenta o Bahia, às 22:15 do dia 23 de janeiro, no Frasqueirão, em Natal. Em Itabaiana, o Itabaiana recebe o Ceará no mesmo dia e horário. Ceará e Bahia venceram a primeira partida da competição e lideram o grupo com três pontos cada.
Nesta quinta-feira, pelo Grupo "B", no Presidente Vargas, o Fortaleza recebe o Sousa, às 20:15. Na Ilha do Retiro, a partida será Sport x Confiança, às 22:15. O Confiança lidera com três pontos, seguido de Sousa e Sport, com um.
Pelo Grupo "C", as partidas serão às 20:15 no dia 23, quarta-feira. ASA x América de Natal será no Coaracy Fonseca, em Arapiraca, e Vitória x Salgueiro, no Manoel Barradas, em Salvador. Vitória e Salgueiro têm três pontos cada.
No Grupo "D", o CRB enfrenta o Feirense no Rei Pelé, às 21:15, em Maceió, na quarta-feira. No mesmo dia, no Ernâni Sátiro, às 22:15, acontece Campinense x Santa Cruz, em Campina Gande. O Santa Cruz é o líder com três pontos, seguido de Feirense e Campinense com apenas 1 ponto.

Flamengo nega interesse em atacante do Grêmio

  Ainda sem anunciar a contratação do atacante Carlos Eduardo, o Flamengo negou nesta segunda-feira que tenha interesse em Kléber, do Grêmio. O atacante se recupera de lesão no time gaúcho e estaria fora do radar da nova diretoria flamenguista. "Não tive nenhum contato com o Kleber ainda. Não sei das condições dele lá no Grêmio, me disseram que estava machucado, que ficaria um, dois, três meses machucado", declarou o vice-presidente de futebol Wallim Vasconcelos. Kléber poderia ser o substituto de Vágner Love, que voltou ao CSKA recentemente. "De acordo com as necessidades, vamos buscar atletas. Certamente vamos precisar reforçar o elenco para o Brasileiro", disse Vasconcelos, sem confirmar o acerto com Carlos Eduardo.