Alunos do Colégio CEI Romualdo tiveram nesta segunda-feira, 29, encontro com um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. O ex-técnico da seleção masculina de vôlei Bernardinho, de 57 anos, compartilhou com os estudantes as experiências vividas ao longo de duas décadas à frente do time nacional.
Bernardinho conquistou mais de trinta importantes títulos como treinador da seleção. Só em Olimpíadas foram duas medalhas de ouro. A saída do time nacional é sempre tema de perguntas. No encontro desta segunda não foi diferente.
Um estudante perguntou ao técnico o porquê da saída do comando da seleção. A pergunta aliada a outras feitas pelo jovem identificado como Cauã impressionaram o experiente treinador acostumado a ser sabatinado por jornalistas.
“O menino deu um show. Realmente as perguntas que ele fez foram no ponto. Depois de 23 anos, acho que era o momento de sair e abrir espaço para outros, e buscar outras oportunidades e desafios”, falou Bernardinho.
O ex-treinador da seleção comentou também sobre o sucessor no cargo, Renan Dal Zotto.
“Renan, além de preparado, inteligente e perspicaz , é um cara que tem uma relação humana muito boa. Certamente vai fazer um grande trabalho. O grupo tá muito pronto pra este ciclo que se inicia e que vai findar em Tóquio 2020”, declarou já com o pensamento nos próximos Jogos Olímpicos.
Reflexão
Durante o encontro com os estudantes, Bernardinho, o idealista do projeto Compartilhar, do qual o CEI Romualdo é parceiro, protagonizou momentos de reflexão aos jovens. Um deste instantes está transcrito abaixo, e fala da conquista olímpica nos Jogos Rio 2016.
“Como é que vocês ganharam medalha de ouro? Não éramos favoritos. Não éramos a equipe mais talentosa. Mas fomos a equipe mais disciplinada, que trabalhou mais que todo mundo. Fomos um time. Nós somos parte muito maior do que eu quero pra mim. Eu quero pra nós. É importante que a gente se veja como um time. Nós somos o CEI. Nós somos um time, e time ajuda o outro, faz sacrifícios para os outros. Muitas vezes alguém fica no banco. Não se desmotivem por não estarem num primeiro plano porque todo mundo é importante. O que queremos não é apenas fazer grandes atletas, mas passar essa vivência pra vocês”.
Por Ayrton Freire e Júlio Rocha via Portal No Ar