quarta-feira, 9 de julho de 2014

CBF sinaliza com Tite para substituir Scolari


Felipão deixa a seleção depois do jogo de sábado contra Holanda ou Argentina. A Seleção já tem amistosos agendados para o segundo semestre deste ano. E haverá pouco tempo para a troca de comando. No dia 5 de setembro, em Miami, enfrenta a Colômbia, no jogo que pode marcar o reencontro de Neymar com o lateral Zúñiga, responsável pela joelhada que o tirou da Copa. Depois, terá o Superclássico das Américas, contra a Argentina, em Pequim (CHI), e a partida diante da Turquia, em Istambul (TUR), nos dias 11 de outubro e 12 de novembro, respectivamente.

Por enquanto, o primeiro da lista para o lugar de Felipão é Tite, sem clube desde que deixou o Corinthians, no fim do ano passado. O trabalho que ele fez no clube e a forma como conquistou a Libertadores de 2012, de forma invicta, são usadas por quem defende seu nome na CBF. Alexandre Gallo, ainda inexperiente, não deve assumir a equipe principal, mas é o maior favorito para a Seleção Olímpica, que começará a ser preparada para a Olimpíada do Rio, em 2016.

A decisão sobre o novo treinador será tomada por Marin e Marco Polo Del Nero, sucessor já eleito na presidência da CBF, e na minha avaliação – já bati nesta tecla – a entidade vai continuar errando. Vai perder o trem da história ao não contratar um treinador de fora, para oxigenar o comando e a estrutura da seleção.

Por Marcos Lopes da Rádio Globo Natal 

No dia de jogo decisivo, Van Gaal vê 50% de chances para cada time


Por uma vaga na final da Copa do Mundo, Holanda e Argentina se enfrentam na tarde desta quarta-feira, em São Paulo. Na véspera da partida, a ser disputada na Arena na Arena Corinthians, o técnico Louis Van Gaal evitou apontar um dos rivais como favorito.

“Nas semifinais, os times estão no mesmo nível. Os resultados das oitavas e das quartas já mostraram equilíbrio. Na minha opinião, as chances são de 50% para cada um. Precisamos ter sorte”, afirmou Van Gaal na tarde de terça-feira, já na arena de Itaquera.

O intenso equilíbrio nas fases eliminatórias vem sendo uma das marcas da Copa do Mundo do Brasil. Dois oito confrontos válidos pelas oitavas de final da competição, cinco foram para a prorrogação e dois acabaram decididos apenas nas cobranças de pênalti.

Já nas quartas, apenas uma partida não foi decida no tempo normal, justamente a da Holanda. Diante do arrojado time da Costa Rica, principal surpresa da Copa do Mundo, os atuais campeões mundiais precisaram dos pênaltis para garantir a vaga na semifinal.

A Holanda realizou seu último treinamento antes do confronto com a Argentina no Estádio do Pacaembu, na manhã desta terça-feira. Com problemas estomacais, o capitão Van Persie foi poupado, mas não deve ser problema para a partida. O volante De Jong e o zagueiro Vlaar, considerados dúvidas, participaram da movimentação.

Na véspera da semifinal da Copa do Mundo, o técnico Loius Van Gaal preferiu não entrar em detalhes sobre a escalação de sua equipe. Ele também desconversou quando questionado sobre o comportamento tático a ser adotado diante da Argentina, de Lionel Messi.

“Não posso dizer isso nesse momento por uma razão simples: não sei qual será a escalação da Argentina. Eles ainda têm vários pontos de interrogação e já usaram diferentes esquemas táticos no torneio. Isso pode provocar vários tipos de reação em nosso time”, declarou.

O confronto entre Holanda e Argentina será realizado às 17 horas (de Brasília) desta quarta-feira, na Arena Corinthians. O duelo é uma reedição da final da Copa do Mundo de 1978, realizada no país sul-americano e vencida pelos donos da casa por 3 a 1.

Fonte Gazeta Esportiva Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Após massacre alemão, treino argentino tem risos e corrida de Di María



A seleção argentina entrou com atraso no campo do estádio de Itaquera para treinar nesta terça-feira. Pareceu esperar o fim da goleada alemã por 7 a 1 sobre o Brasil para realizar a sua última atividade antes de enfrentar a Holanda pela semifinal da Copa do Mundo, e se mostrou bastante descontraída.

A imprensa teve acesso ao treino por cerca de 15 minutos. Não foi possível ver nada além de atividades físicas. Até que, na parte final, os jogadores disputavam uma roda de bobinho no círculo central e, ao final dela, sob as ordens da comissão técnica, trocavam abraços e sorrisos.

Os gestos são similares ao que Emerson Leão, por exemplo, executa em seus times, pedindo que seus jogadores se agrupem, abraçando-se em três, quatro ou cinco jogadores. As gargalhadas são costumeiras nesses momentos, e ocorreram minutos após os argentinos terem acompanhado o vexame brasileiro no Mineirão.

As consequências do resultado na outra semifinal em relação ao treino argentino ficaram claras também fora de campo. Era possível ouvir diversos fogos disparados de casas próximas ao estádio, espantando muitos argentinos, surpresos por ver brasileiros que compraram os rojões gastando-os à toa a cada gol alemão.

A imprensa argentina também parecia não dar tanta atenção aos poucos minutos de acesso ao treino do técnico Alejandro Sabella. Diversos repórteres posaram com o campo ao fundo e posando para fotos mostrando o número sete com os dedos, em clara alusão à goleada germânica.

Sobre o duelo diante da Holanda, não foi possível ver nenhuma evidência da escalação de Sabella, mas, caso a equipe avance, apareceu uma boa notícia. Vetado da semifinal por lesão muscular na perna direita, Di María deu voltas no campo e até chutou vagarosamente bolas no gol com a canhota. Mostrou que pode estar recuperado caso seu país atinja a final do Mundial. Já Aguero, que chegou a ser dúvida, treinou com bola normalmente.

Por Bruno Ceccon e William Correia São Paulo (SP) via Gazeta Esportiva Foto AFP

Blog lista dez motivos para José Mourinho ser o novo técnico da seleção brasileira. Concorda?

Mourinho Seleção Brasileira


Chega ao fim nesta Copa do Mundo a Era Felipão. É hora de renovar, mas não é nada fácil encontrar nomes que possam dar à Seleção aquilo que ela mais precisa: o equilíbrio emocional, tático e técnico para voltar a ganhar um Mundial. 

Não vejo entre brasileiros um treinador com essa capacidade no momento. Por isso, contei com a ajuda dos amigos Igor Rodrigues, Daniel Collyer, Thales Soares, Thiago Benevenutte, Eduardo Peixoto, Fábio Lima e Bruno Lobo para levantar dez razões para o português José Mourinho ser escolhido o novo técnico da seleção brasileira. 

Veja abaixo e dê seu comentário!
1 - Fala português;

2 - Vencedor: ganhou quase todos os títulos possíveis pelos clubes que comandou;

3 - Personalidade forte: na Seleção, tem que ser cascudo para aguentar pressão, assimilar críticas e ser para-raio do grupo;

4 - Adaptação tática: se está em vantagem, joga de um jeito, muitas vezes até abusando da retranca, que se mostra vencedora em mata-mata.

5 - Se dá bem com jogadores brasileiros: foi assim no Porto, Inter de Milão, Real Madrid e Chelsea, com Carlos Alberto, Deco, Marcelo, William, Oscar, David Luiz, Ramires, entre outros;

6 - Nunca treinou uma seleção: Já está na hora de receber tal oportunidade;

7 - Porque é muito melhor que qualquer brasileiro cotado atualmente ao cargo;

8 - Porque mostrou confiança que o Brasil seria campeão em 2014 e disse que torceria por isso;

9 - Frasista dos melhores, seja com tom fanfarrão ou com análise precisa. Basta ver o que disse antes da eliminação brasileira na Copa: "O Brasil é uma equipe lutadora, joga com o coração, todos os jogadores dão o máximo e isso é algo que respeito. Mas, na realidade, não praticam um futebol de qualidade, não tiram partido da qualidade de tantos bons jogadores que têm"

10 - Porque a Seleção merece ter à frente um cara com apelido 'Special One'.

Por Bernardo Pombo via Blog Pombo sem Asa 

Velozes x genial: apoiadas em feras, Holanda e Argentina jogam por final


Quantos holandeses se equivalem a um Messi? Até que ponto o brilho individual pode sobressair a um jogo em equipe? Um craque a um passo da eternidade ou um país a uma vitória de, enfim, consolidar um futebol historicamente coletivo? Argentina e Holanda medem forças nesta quarta-feira, às 17h (de Brasília), na Arena Corinthians, pelo direito de enfrentar a Alemanha na decisão da Copa do Mundo no Brasil. Em campo acontecerá também um duelo de estilos de jogo que passaram por apuros neste Mundial, mas demonstraram, a sua maneira, que são, sim, competitivos e eficientes.

A Holanda tem mais craques, tem mais jogadores com o poder de decisão: Robben, Van Persie e Sneidjer estão na primeira linha do futebol mundial. Nenhum deles, no entanto, tem a genialidade de Lionel Messi. Uma genialidade, que a Argentina precisará mais do que nunca. Sem Di María, lesionado, o craque perdeu seu principal parceiro e terá ao lado somente Pipita Higuaín, aquele que talvez era o menos badalado do chamado quarteto fantástico - Agüero, que começou mal a Copa, está recuperado de problema na coxa e fica no banco de reservas.

Os holandeses chegaram à semifinal amparados por um jogo coletivo. Foram 100% na primeira fase, golearam a Espanha, viraram nos minutos finais diante do México e suaram para vencer a Costa Rica nos pênaltis. Quando não tiveram Robben, Van Persie ou Sneijder, tiveram Louis van Gaal, tiveram Krull. Com uma substituição improvável no minuto final da prorrogação, o treinador demonstrou conhecer bem seu elenco, fez saber que entre os laranjas todo mundo pode decidir, e colocou o goleiro reserva para parar a maior zebra do Mundial.

A Argentina, não. A Argentina sempre dependeu do brilho individual. Quase sempre de Messi, mas também com espasmos decisivos de Higuaín e Di María. Na primeira fase, assim como os rivais desta tarde, os hermanos foram 100%, mas sem golear, sem convencer. Contra Bósnia, Irã e Nigéria, Messi fez a diferença. O mesmo aconteceu diante da Suíça, quando rolou com açúcar para Di María salvar no minuto final do tempo extra. Já contra a Bélgica, nas quartas, contou com seu último e fiel escudeiro. Higuaín foi o herói em uma partida onde a defesa surpreendeu e mostrou que, sob pressão, os hermanos também podem ser coletivos.

Quem vencer o confronto de estilos em São Paulo pegará a ponte-aérea para o Rio de Janeiro para o momento tão esperado no Mundial: a decisão, domingo, no Maracanã, às 16h (de Brasília), diante da impressionante Alemanha. Já o derrotado segue para Capital Federal, onde disputa com o Brasil o terceiro lugar, no sábado, 17h, no Estádio Nacional de Brasília.

Por Cahê Mota e Carlos Augusto Ferrari São Paulo via GE

Júlio César: "Preferia perder por 1 a 0 com falha minha do que 7 a 1"

Júlio César fica desolado com a goleada sofrida /  François Xavier Marit/AFP

A goleada sofrida pela seleção brasileira por 7 a 1, no Mineirão, pela semifinal da Copa do Mundo foi demais para os jogadores. Júlio César, que foi muito criticado no Mundial de 2010 na África do Sul, pela sua falha e saída da Copa, destacou.

“Eu troco a minha falha que carreguei por quatro anos, pelo jogo de hoje. Preferi que terminasse 1 a 0, com erro meu do que 7 a 1”, disse.

“Jogadores vão saber levantar a cabeça. Eu particularmente saio de cabeça erguida. Agradeço por jogar a Copa em meu pais”.

O goleiro não tinha palavras para explicar o que aconteceu. "Olha, sinceramente é complicado explicar, acho que explicar inexplicável é complicado. Temos de reconhecer o grande futebol alemão. A equipe está junta há seis anos”, lembrou.

“Até aqui estava tudo muito lindo. O povo brasileiro está de parabéns, a torcida por todo apoio que nos deu até aqui, com certeza. Eles (alemães) foram muito fortes, temos de reconhecer. O primeiro gol gerou um apagão, ninguém esperava, parabéns para o futebol alemão. Agora é hora de voltar para nossas casas, abraçar nossos familiares, que devem estar loucos para abraçar cada um, fica agradecimento a todo povo brasileiro, chegamos perto, mas não conseguimos".

A seleção brasileira volta à campo no sábado para pegar o derrotado de Argentina e Holanda na disputa pelo terceiro lugar, no Mané Garrincha, em Brasília.

Fonte Band Esportes Foto François Xavier Marit AFP

Brasil deixa a máscara cair e é humilhado pela Alemanha


A máscara caiu. Diante de milhares de torcedores fantasiados de Neymar, a Seleção Brasileira não transformou em realidade a ilusão de que poderia ser bem-sucedida sem o seu principal jogador. Foi humilhada pela Alemanha com uma histórica e eterna derrota por 7 a 1 nesta terça-feira, no mesmo Mineirão onde já havia sofrido para superar o Chile nos pênaltis, e está fora da disputa pelo título da sua Copa do Mundo. Os gols foram marcados por Muller, Klose (o maior artilheiro dos Mundiais, agora à frente de Ronaldo), Kroos (2), Khedira e Schurrle (2). Oscar fez o de honra.

Se queria apagar a derrota para o Uruguai na final da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, há 64 anos, o Brasil conseguiu de forma vexatória. Perdia por 4 a 0 em 25 minutos de jogo. Em um Mineirão que virou Mineirazo, viu os seus torcedores reagirem com um choro que a psicóloga Regina Brandão e nem o melhor de seus colegas seriam capazes de conter. A revolta nas arquibancadas também acabou extravasada com irônicos gritos de “olé”, vaias (principalmente para o centroavante Fred), insultos e brigas.

A traumática queda diante da Alemanha foi o desfecho de um sonho que o Brasil alimentou muito graças a Neymar, alvo de uma joelhada de Zúñiga na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, nas quartas de final, quando fez a sua exibição mais apagada no Mundial. Antes, o atacante havia sido importante nas vitórias por 3 a 1 contra a Croácia e por 4 a 1 em cima de Camarões, no empate sem gols com o México e na disputa de pênaltis com os chilenos.

Com a derrota na decisão da Copa do Mundo de 2002 muito bem vingada, a Alemanha agora se prepara para jogar a final do Maracanã às 16 horas (de Brasília) de domingo, contra o vencedor do confronto entre Holanda e Argentina. Ao Brasil, restará a melancólica disputa de terceiro lugar com o perdedor da outra semifinal, às 17 horas (de Brasília) de sábado, no Mané Garrincha. Mais uma vez, sem Neymar.

Por Helder Júnior, enviado especial Belo Horizonte (MG) via gazeta Esportiva Foto Sergio Barzaghi/Gazeta Press