Daniel Dias e Clodoaldo Silva haviam acabado de conquistar ouro e prata nos 50m livre S5. Na versão feminina da prova, Joaninha e Esthefany de Oliveira se agigantaram e mostraram que também estão rápidas o bastante para garantir dobradinhas para o país. Na piscina do Centro Aquático de Toronto, a campeã mundial conquistou seu quarto ouro nos Jogos Parapan-Americano com 38s90, novo recorde da competição. Para completar a noite de gala das mulheres, Edênia Garcia levou o título nos 50m costas.
Recém sagrada campeã mundial em Glasgow, Joaninha chegou à prova como favorita absoluta. Dona do melhor tempo da fase classificatória, ela manteve o favoritismo e liderou de ponta a ponta. Esthefany, com 45s72, bateu na borda com sobras para a terceira colocada, a americana Haley Beranbaum (50s05).
- A equipe feminina da natação está crescendo. Nós éramos poucas meninas, e hoje estamos esbanjando, como dizem, estamos crescendo e evoluindo. É muito bom saber que assim como dois homens estão fazendo dobradinha, nós também estamos fazendo e representando o Brasil muito bem – disse Joaninha.
Nos 50m costas S4, Edênia Garcia disputou o ouro braçada a braçada com a mexicana Nely Miranda, que avançou à final com tempo mais de dois segundo mais baixo que o da brasileira. Valendo medalha, a cearense aguentou a pressão e levou a melhor com 53s73. O pódio teve ainda outra mexicana, Aidee Aceves.
Na hora do hino, Edênia usou uma faixa com as cores da bandeira no cabelo. Esforçou-se muito para segurar a emoção, mas não conteve as lágrimas. Segundo ela, aquela era uma emoção que estava presa há quatro anos, desde o Parapan de 2011.
- Eu sabia que a mexicana estava perto porque vi bastante bolha do meu lado, sabia que estava muito em cima e que o que definiria o ouro da prata seria a chegada. Estou sempre atenta a melhorar esses detalhes, e a chegada fez total diferença. Minha emoção no pódio foi porque desde Guadalajara eu não ouvia o hino em uma competição grande. Então é muito bom. Em Londres eu fiquei com a prata, e quando você sobe no pódio e escuta o hino junto com a torcida, é um momento único – disse Edênia.
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Por Helena Rebello Toronto, Canadá Foto: Washington Alves/MPIX/CPB