Canhota, baixinha, habilidosa e goleadora, Vanessa foi eleita pela imprensa especializada por três vezes consecutiva como a melhor do mundo. Também foi campeã mundial com a amarelinha em 2011, com direito a dois gols na final contra a Espanha – o do empate e o da virada nos últimos minutos. Assim como ‘a Pulga’ argentina, Vanessa coleciona outras diversas conquistas: são cinco ligas nacionais, dois sul-americanos e quatro vezes o título da Taça Brasil. Com tantas medalhas no peito, a humildade ainda prevalece.
- A comparação existe porque temos características parecidas e pelos
títulos. Ele foi eleito quatro vezes melhor do mundo e eu tenho três.
Acredito que ocorre isso pelas características e os títulos. Mas
atribuo isso tudo por ter caído nas mãos certas, em equipes com
profissionais competentes. Hoje atuo com um grupo que me dá condições de
fazer jogadas, liberdade de driblar durante o jogo e de finalizar. Tive
sorte também. Como eu, outras meninas saem de casa e não dão certo –
comenta a jogadora de 25 anos.
As duas chuteiras de prata que tem na galeria aumentam a comparação.
Vanessa foi a artilheira, com 33 gols, e eleita a melhor jogadora do
Campeonato Sul-Americano de clubes, pela Female, de Chapecó. A jogadora
representa ainda a boa fase do futebol do oeste de Santa Catarina. A
representante da região, a Chapecoense, está em alta. Em 2012,
conquistou o histórico acesso à Série B do Brasileirão e se juntou a
mais três representantes do estado. Já no início deste ano, conquistou o
título com uma rodada de antecipação do Campeonato Catarinense, com
direito a artilheira da competição.
As conquistas nos últimos três anos não diminuem os desejos da mineira
de Patos de Minas. Ainda jovem, tem planos e conquistas para a carreira.
Tem nos pés e na cabeça a fixação por fazer o que gosta. Desde os cinco
anos, com os primeiros chutes, Vanessa tem em mente ser jogadora de
futsal. Ela recebe da equipe de Chapecó salário, hospedagem e bolsa pra
fazer faculdade de fisioterapia. Mas a retribuição, conforme os planos,
precisa ir além de títulos ao time e conquistas pessoais.
- Sempre coloquei para mim mesma que quero mais. Ainda que tenha
conquistado os principais títulos na carreira, infelizmente não tenho a
Liga e a Copa da Espanha nos três meses que joguei no país. Ainda quero
ajudar o esporte a ter reconhecimento e jogar nas Olimpíadas. É uma
modalidade que merece ser reconhecida como olímpica. Essas conquistas
individuais me ajudam a dar visibilidade. O que faço não é só por mim: é
para elevar o nome da cidade que represento e do país.
Fonte globesporte.com