sábado, 8 de outubro de 2016

‘Vamos brigar pelo título’, promete técnico do ABC após acesso à Série B

Comemorção ABC - Geninho - ABC x Botafogo-SP (Foto: Alexandre Lago/GloboEsporte.com)

Apontado como um dos principais responsáveis pelo retorno do ABC à Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Geninho parece não estar satisfeito. Em entrevista coletiva após o triunfo desta sexta-feira (7), no estádio Frasqueirão, o comandante abecedista afirmou que o time vai brigar pelo título da Terceira Divisão.

“Não vamos disputar os jogos que faltam como amistoso. Vamos esperar nosso adversário e trabalhar para conquistar o título. Acho que um bi seria tão festejado quanto um acesso”, comentou.

Ainda na entrevista, Geninho ressaltou a importância do retorno à Segunda Divisão do futebol nacional. Para ele, a dedicação e empenho foram determinantes para o feitio.

“As coisas não aconteceram por acaso. Foi preciso muito trabalho, muita concentração. O grupo foi acreditando na minha ideia. Se não for assim, as coisas não dão certo”, completou.

Com vaga na Série B e na semifinal, o ABC aguarda o classificado do duelo entre Guarani-SP e ASA-AL. No jogo de ida, o time de Alagoas venceu por 3 a 1 em casa. A partida decisiva acontece neste sábado (8), às 18h30.

Por Heilysmar Lima Foto: Alexandre Lago

Em jogo tenso e com três expulsões, ABC vence Botafogo-SP e volta à Série B


Desde o primeiro minuto de bola rolando ficou claro que o ABC, impulsionado por 14.974 torcedores no Frasqueirão, na noite desta sexta-feira, era o time que tomaria a iniciativa de atacar e buscar a vitória. O Botafogo tentou se defender, e fez isso bem até o fim do 1º tempo, quando uma confusão generalizada entre atletas vitimou o atacante Nando, do Mais Querido, e o zagueiro Filipe, do Pantera, que receberam cartão vermelho. Para recompor a defesa, o técnico Márcio Fernandes sacou um volante e recompôs sua defesa com Mirita. E foi justamente Mirita quem falhou no lance que originou o gol abcedista, aos nove minutos da etapa final. Na furada do jogador, a bola sobrou para o meia Erivélton, que avançou e tocou na saída de Neneca.

Com o gol, o Botafogo foi de maneira desordenada ao ataque, e até uma chance clara, com Tiago Marques. Não empatou e ainda perdeu o atacante Isac, expulso após se desentender com o paraguaio Echeverría. Festa do ABC, que volta à Série B.

BYE BYE, SÉRIE C!
Rebaixado em 2015 da Série B para a Série C, o ABC soube dar a volta por cima durante a temporada. Sob comando de Geninho, foi campeão potiguar em cima do rival América. Na Série C, fez campanha regular na primeira fase e contou com o bom desempenho no Frasqueirão para chegar em segundo lugar no Grupo A, atrás apenas do Fortaleza - e ainda viu seu arquirrival da cidade ser rebaixado à Série D.

Contra o Botafogo, segurou o Pantera em Ribeirão Preto e, em Natal, encurralou o adversário. Em casa, diante de quase 15 mil torcedores, fez 1 a 0 e celebrou seu retorno à Série B após apenas um ano de sua queda.

ANO DIFÍCIL
Após o título da Série D em 2015, o Botafogo tinha alta expectativa em 2016. No Paulista, porém, foi mal e só conseguiu se livrar do rebaixamento na última rodada. Na Série C, a diretoria, de olho na verba que o clube ganharia numa eventual disputa da Série B, apostou todas as fichas no acesso, que não aconteceu com a derrota em Natal.

Durante a semana, o clube contará o prejuízo da temporada, e começará a definir quem fica e quem sai do elenco para 2017, onde o Pantera terá novamente o Paulistão e a Série C do Brasileiro.

AGENDA
Com o acesso conquistado, o Mais Querido agora busca o título da Série C. O time enfrenta o vencedor do duelo entre Guarani x ASA. O primeiro jogo, em Arapiraca, teve vitória do time da casa, por 3 a 1. A segunda partida acontece neste sábado, às 18h30, em Campinas.

Fonte GE RN

Jogadores da seleção dizem que resgataram o apoio da torcida

Jogadores da seleção dizem que resgataram o apoio da torcida

A vitória da seleção brasileira por 5 a 0 sobre a Bolívia, nesta quinta-feira, estimulou a euforia da torcida, gritos de “olé”, e até coro com elogios ao técnico Tite. Tamanha foi a alegria que até os jogadores se sentiram contagiados pelo ambiente positivo. Após a goleada na Arena das Dunas, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, o elenco sentiu que aos poucos tem reconquistado a confiança da torcida.

A chegada de Tite ao cargo e as boas atuações da seleção neste segundo semestre marcaram momentos de retomada para a seleção. O fiasco na última Copa do Mundo em casa, seguido por duas eliminações precoces em edições da Copa América, deram lugar ao otimismo pelas boas atuações e resultados convincentes, como as três vitórias seguidas desde a chegada do substituto de Dunga ao cargo.

Jogador mais experiente da seleção, o lateral Daniel Alves disse ter notado diferença na relação com o público. “Estamos felizes por estarmos recuperando esse crédito. Temos que fazer por merecer, para que o torcedor venha desfrutar. A gente não vai se acomodar com isso. Queremos ainda mais”, afirmou o experiente jogador de 33 anos, dez deles de seleção brasileira, com quase 100 partidas disputadas.

O resgate do prestígio da seleção era um objetivo da CBF. Para as Eliminatórias, o comando da entidade priorizou marcar as partidas em cidades no Nordeste, onde o público costuma ser mais afetivo e menos crítico como no Sudeste e no Sul, por exemplo. A estratégia rendeu o retorno para Natal depois de 34 anos, com os 30 mil ingressos esgotados em cerca de seis horas e muita euforia da torcida pela goleada.

O baiano Daniel Alves elogiou a recepção da torcida em Natal e admitiu que compreende o descrédito anterior com a seleção. “O torcedor estava acostumado com as vitórias. Eles estavam cobrando porque os resultados não vinham, faltava convencer. Agora estamos conseguindo ganhar, ter um padrão de jogo e fazer as pessoas voltarem a se acostumar com a seleção brasileira”, explicou.

Segundo o capitão da equipe, o meia Renato Augusto, o resgate da ligação com a torcida é sempre tema das conversas do técnico Tite com o grupo. “A pessoa que o Tite é cativa quem está perto, cativa o torcedor e faz todos ficarem mais próximos. Ele está fazendo esse papel, e muito bem”, afirmou o meia. “Estamos criando um ambiente interno na seleção de muita sinceridade. Os jogadores estão entendendo a proposta do que queríamos. Todos nós estamos felizes com o resultado”, disse o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar.

A seleção brasileira ganhou folga nesta sexta-feira em Natal. Os jogadores só se reapresentam à noite, no hotel, exceto Neymar. Por estar suspenso do jogo de terça contra a Venezuela, em Mérida, o atacante do Barcelona já deixou a cidade. O elenco volta aos treinos na tarde de sábado, na Arena das Dunas.

Por Estadão Conteúdo

Eliminatórias: Um baile à brasileira na Arena das Dunas, Brasil 5 vs 0 Bolívia!


Com perdão do ufanismo, o que se viu nesta quinta-feira (6) na Arena das Dunas não é para menos. Organização, futebol coletivo, invidualidades aflorando, elenco e precisão para ser letal. Essa é a descrição da atuação da Seleção Brasileira na goleada em cima da Bolívia.

Pressão na posse de bola adversária. Tite pede isso nos treinamentos e também exercita nas atividades. Foi assim que saiu o primeiro gol do Brasil, quando Neymar roubou a bola do zagueiro, tocou para Gabriel Jesus e recebeu de volta para empurrar para as redes, totalmente sem goleiro.

Qualidade individual. O segundo gol brasileiro foi uma pintura de vários artistas. Começou com um passe de letra do Daniel Alves para completar um tabelinha com Giuliano. Aí o meia entrou pela área boliviana e deixou um zagueiro no chão com um corte clássico, limpo. Philippe Coutinho recebeu e mostrou o que é ter recurso. Dominou e mandou de bico. Talvez, se arrumasse mais o corpo para bater, poderia perder o controle da bola. Não perdeu e ela morreu no barbante.

Precisão. Gabriel Jesus sofreu falta, mas o árbitro soube ler a lei da vantagem. Neymar arrancou e deu um passe milimétrico para Filipe Luís. Só havia um canto para o lateral marcar o terceiro do Brasil, já que o goleiro fechou bem o ângulo para o chute cruzado. Foi ali, no cantinho que se abriu, que ele fez o seu.

Futebol coletivo. No primeiro gol do Brasil, Gabriel Jesus estava sozinho, de frente para o goleiro, com chances claras de fazer o gol assim que recebeu a bola de Neymar. Sem egoísmo, ele serviu o camisa 10. Dizem que tudo que vai, volta! E voltou. Os papéis se inverteram. No quarto gol brasileiro, Gabriel lançou Neymar, que devolveu para o caçula. Um toque de classe encobriu o goleiro.

Elenco. Tite fez as três substituições que teria direito no segundo tempo. Nada tirou o domínio da Seleção Brasileira. Aliás, nem o sistema de jogo se alterou. Pelo contrário. Em cima a todo momento, conseguiu mais um gol, justamente com um dos jogadores que entraram. Roberto Firmino testou com firmeza e deu números finais ao placar.

Fonte Site CBF Foto: Lucas Figueiredo/CBF