A pouco mais de duas semanas do início da Copa do Mundo no Catar, que acontece entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro, a Fifa, entidade responsável pela organização do evento, enviou uma carta às 32 seleções que disputarão o Mundial, pedindo que elas foquem no futebol e deixem a política de lado.
Desde 2010, quando definiu a sede da Copa deste ano, a Fifa vem recebendo muitas críticas da comunidade internacional por realizar o Mundial no Catar, que apesar de representar um marco, sendo o primeiro país muçulmano a receber o evento, também é questionado por seu tratamento aos trabalhadores migrantes e pela situação dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+. Ainda assim, o presidente da entidade, Gianni Infantino, disse à Sky Sports que eles não pretendem se envolver em questões internas do Catar.
"Por favor, vamos agora focar no futebol”, escreveu Infantino às 32 nações que disputam a Copa do Mundo. "Sabemos que o futebol não vive no vácuo e estamos igualmente cientes de que existem muitos desafios e dificuldades de natureza política em todo o mundo. Mas, por favor, não permitam que o futebol seja arrastado para todas as batalhas ideológicas ou políticas que existem”, continuou o dirigente.
O comunicado não cita em nenhum momento os pedidos de Inglaterra, País de Gales e outros seis países que pretendem que seus capitães disputem a Copa com a braçadeira "One Love", em defesa da causa LGBTQIA+ e em protesto às leis homofóbicas existentes no Catar.
Infantino, no entanto, voltou a defender que todos serão “bem-vindos para a confraternização do futebol, independentemente de cor, raça, credo, origem, orientação sexual ou nacionalidade”.
"Na Fifa, tentamos respeitar todas as opiniões e crenças, sem dar lições de moral ao resto do mundo. Uma das grandes forças do mundo é, de fato, sua própria diversidade, e se inclusão significa alguma coisa, significa respeitar essa diversidade. Nenhum povo, cultura ou nação é 'melhor' do que qualquer outro”, disse ele.
"Este princípio é a pedra fundamental do respeito mútuo e da não discriminação. E este é também um dos valores fundamentais do futebol. Então, por favor, vamos todos lembrar disso e deixar o futebol ocupar o centro das atenções", concluiu o dirigente.
No Grupo G, a Seleção Brasileira estreia na quinta-feira, 24, contra a Sérvia. Além do país europeu, Suíça e Camarões também fazem parte da chave.
Por BandSports Foto Twitter/Fifa.com
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