terça-feira, 22 de novembro de 2016

Atleta de para-taekwondo do RN se dedica para chegar a Tóquio 2020

Campeonato Estadual de Para-Taekwondo - RN (Foto: Divulgação)

A inclusão do taekwondo no programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 fez uma atleta potiguar mudar de planos e concentrar todas as forças para poder representar o Brasil na modalidade. Praticante de jiu-jitsu há quatro anos e muay thai há sete, Cristhiane Neves perdeu o antebraço esquerdo em um acidente de moto há dois anos, mas manteve a rotina de treinos. Pouco tempo depois, foi procurada pelo treinador Rogério Romário para conhecer o taekwondo, interessou-se e começou a treinar.

No último dia 13, o Rio Grande do Norte foi palco do primeiro Campeonato Estadual de Para-Taekwondo realizado no país. Foram apenas duas atletas inscritas, e Cristhiane venceu Amanda Costa para ficar com o ouro. 

- Para mim, é muito importante participar dessa competição porque eu estou treinando há dois anos e tenho objetivo de chegar a Tóquio em 2020 - afirmou a campeã.

A preparação para chegar a Tóquio é diária. Cris treina duas horas de segunda a sábado e precisa se desdobrar entre os treinos de jiu-jitsu e aos estudos de Educação Física. O muay thai foi deixado de lado, sendo frequentado apenas "para não perder o costume". No próximo ano, a atleta começa a participar de competições internacionais para somar pontos no ranking necessário para ir aos Jogos Paralímpicos.

- A Christiane desperta expectativas muito boas por causa das experiência dela no jiu-jitsu e muay thai. Como o taekwondo trabalha com as pernas, ela já começou a treinar com equilíbrio, já tinha uma boa base. No ano passado ela já havia conseguido bons resultados no taekwondo regular. Tinha sido vice-campeã estadual - falou o treinador Rogério Romário.

O Rio Grande do Norte sempre foi celeiro do paradesporto, principalmente na natação e no halterofilismo. Os atletas de outras modalidades ainda precisam encarar outra luta antes das competições: a falta de apoio.

- O paradesporto no Rio Grande do Norte ainda precisa de um incentivo melhor porque tudo é muito escondido. Há mais divulgação dos esportes convencionais. Eu não tenho patrocínio, só recebo auxílio na academia que treino. Tenho que arcar com as viagens e tudo mais, o que não é fácil. Sempre realizamos vaquinhas e pedimos ajudas aos amigos porque não dá - afirmou Cristhiane Neves.

Fonte GE Natal Foto Divulgação

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