segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Jornada dupla: sem clube, jogadores do RN se viram em outras atividades

Jornada dupla série (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Quando a paixão pelo esporte não é suficiente para se manter no mundo do futebol é preciso deixar a bola um pouco de lado e buscar uma alternativa para sobreviver. Seja como feirante, personal trainer, professor de caratê, agente de endemias ou vendedor de móveis, todos eles têm o desejo em comum de voltar aos gramados. Por alguns percalços da vida, essa vontade às vezes é encoberta pelas novas profissões, mas está sempre lá na cabeça de Fagner, Ivan, Danilo, Luiz e Yuri. O Globo Esporte apresenta a história destes jogadores que não desistem dos seus sonhos e continuam batalhando por um lugar ao sol.

Fagner, o feirante
Desde que começou a jogar futebol profissionalmente, Fagner Henrique se divide entre os treinos e a atividade de feirante. Depois que termina o Campeonato Potiguar, a única forma que o jogador de 25 anos tem para continuar ganhando dinheiro é na feira, onde o instrumento de trabalho muda e a bola dá lugar a frutas e verduras. Hoje, segue treinando no Alecrim e até tem propostas para disputar o estadual do ano que vem. Até lá, vai precisar continuar chegando às 3h30 da manhã na feira de Lagoa Nova, em Natal, para sustentar a casa e cuidar da filha de três anos de idade.

Ivan, o personal trainer
Antes de trabalhar como educador físico, Ivan Oliveira atuava como lateral-esquerdo, com passagens pelo Força e Luz e pelo Madureira, do Rio de Janeiro. Aos 26 anos e com uma participação recente no Campeonato Mundial de Futebol Universitário, Ivan garante que tenta passar características do futebol para os seus alunos no dia a dia como personal trainer.

Danilo, o professor de caratê
Danilo Leão também resolveu passar seus conhecimentos adiante. Aos 24 anos, trocou o gramado pelo tatame e agora é professor de caratê para crianças. Assim como Ivan, ele foi convocado para disputar o Mundial Universitário e, como volante, foi o capitão da equipe da UFRN. Este ano, jogou o campeonato estadual pela equipe do Força e Luz e espera voltar ao futebol em 2016.

Poti, o agente de endemias
Descendente da tribo Catu, Luiz Carlos, ou Poti, é agente de endemias no município de Canguaretama, a 75 km de Natal. De segunda a sexta, ele caminha pelo distrito de Catu e faz o trabalho de prevenção contra a dengue. Mas nos primeiros meses do ano, ele adapta sua rotina para jogar futebol. O potiguar de 32 anos é jogador do Palmeira de Goianinha e carrega para o campo os ensinamentos indígenas que carrega no sangue.

Yuri Wendell, o vendedor de móveis
O goleiro Yuri Wendell se inspira em craques como Rogério Ceni e Júlio César. Aos 25 anos, ele está sem clube depois de defender a camisa do Atlético Potengi pela segunda divisão do Campeonato Potiguar deste ano. No ano que vem, porém, Yuri disputará a terceira divisão do Campeonato Paulista pelo Sertãozinho. Diante da incerteza da carreira no futebol, Yuri garante o sustento trabalhando em uma loja de móveis no horário em que não está treinando.

Veja os vídeos:

Fonte Globo Esporte RN Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

Nenhum comentário:

Postar um comentário