Existem dois Robertos Firminos. Um, fora dos gramados, é tímido, voz mansa e baixa e introvertido. O outro, dentro de campo, é arrojado, corajoso e valente. Foi justamente a combinação destes dois perfis antagônicos que conquistou Dunga. Hoje, pode-se dizer que o meia do Hoffenheim, da Alemanha, já faz parte do chamado núcleo duro da seleção brasileira. Ou seja, daquele grupo de jogadores de confiança do treinador.
“Bom de grupo”, como costuma-se dizer no futebol, bastaram apenas duas convocações para Roberto Firmino cair nas graças do treinador. Na primeira, para os amistosos contra Turquia e Áustria, no ano passado, marcou um golaço no segundo jogo em um momento complicado do jogo, quando a partida estava empatada por 1 a 1 – o Brasil acabou vencendo por 2 a 1.
Na segunda convocação, a história se repetiu. Contra o Chile, no domingo passado, em Londres, coube a Roberto Firmino decidir a partida, novamente com um belo gol no qual deixou o goleiro no chão antes de mandar a bola para a rede e decretar a vitória por 1 a 0.
Apesar de Roberto Firmino ser desconhecido para boa parte do torcedor brasileiro, Dunga revelou que acompanha o jogador desde 2009, ano em que ele despontou no Figueirense. Em 2013, quando o treinador estava no Internacional, chegou a pedir para a diretoria tentar tirá-lo do Hoffenheim. Mas já era tarde demais. Àquela altura, o meia já fazia sucesso na Alemanha e o clube gaúcho não tinha cacife para contratá-lo.
No ano passado, enfim, Dunga pôde trabalhar com Roberto Firmino e o jogador confirmou as boas referências que o treinador tinha recebido dele. Além de salvar a pele dos companheiros com dois golaços, o meia mostrou ser um jogador humilde, sempre concentrado e dedicado aos treinos. Exatamente como Dunga tanto valoriza.
Por Estadão Conteúdo Foto: Rafael Ribeiro/CBF
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