Todos os itens receberam elogios por parte da comissão do COL, apesar de algumas restrições quanto ao credenciamento da imprensa, que foi realizado em meses anteriores via internet. Outra observação foi em relação ao setor de segurança, que não pôde ter pontos de verificações veiculares (PVV) testados, aplicadas num raio de 5 km da Arena das Dunas, por conta dos serviços de mobilidade urbana no entorno do estádio. Para a locomoção dos times, a Polícia Rodoviária Federal executou a escolta das delegações, como também da comissão de arbitragem.
Três áreas receberam observações por parte de torcedores e dos próprios integrantes do COL: o pátio externo da Arena das Dunas, as bilheterias e a acessibilidade ao estádio. Com placas indicativas sobre quais portões os torcedores deveriam seguir, cerca de 200 voluntários se espalharam pelo pátio externo da Arena das Dunas, vestidos com coletes fluorescentes e carregando megafones e rádios comunicadores. Eles informavam o público quais os portões deveriam ser acessados. Apesar da sinalização, alguns torcedores se atrapalharam com as entradas e criticaram, como o militar reformado José Seabra, 71 anos. Ele comprou três ingressos pela internet, precisou do auxílio de um grupo de voluntários, mas não gostou do atendimento.
– Fiquei um pouco atrapalhado porque a sinalização é confusa. Comprei o ingresso pela internet e demorei para trocar pelo voucher, porque até os voluntários não sabiam informar o local correto – reclamou.
Outro questionamento entre os torcedores foi a ausência de banheiros químicos no pátio externo, tanto que alguns recorreram ao estacionamento do local. Quanto aos centros de bilheteria instalados na Arena das Dunas, localizados nos portões L e T, os torcedores tiveram ânimos distintos. Enquanto o primeiro local, destinado aos torcedores do América-RN, teve uma média de atendimento de dez minutos, o segundo ultrapassou a meia hora. Os acessos aos portadores de necessidades especiais, feitos pelos portões A e G, não tiveram problemas. Em cada portão havia uma cadeira de rodas à disposição do torcedor, além das rampas e elevadores do estádio.
Para o aposentado Agamenon Fernandes, de 68 anos, que comprou dois ingressos destinados ao lado alvirrubro, o serviço preferencial foi rápido, apesar da dificuldade em ver e ouvir os funcionários que estavam nos guichês de venda.
– O atendimento no setor preferencial foi bom, com uma fluidez boa. Mas tenho apenas uma queixa, porque não consegui visualizar a atendente.
Já os torcedores do ABC precisaram de um pouco mais de paciência, já que a longa espera para comprar os bilhetes forçou algumas pessoas a sentarem no chão.
– É uma situação muito desagradável para o torcedor do ABC. Ficar mais de 30 minutos esperando para comprar o ingresso, por alguma confusão nas bilheterias, e ninguém explicar o que houve – reclamou o estudante Reginaldo Júnior.
Por Jocaff Souza Foto Jarbas Fonsêca
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