sábado, 22 de fevereiro de 2014

Principal mesatenista paralímpica do Brasil faz exibição em Natal


A mesatenista catarinense Bruna Alexandre, 19 anos, demonstrou suas habilidades nesta sexta-feira, na arena do projeto "Experimentando Diferenças", montada no Natal Shopping, em Natal. Campeã parapanamericana juvenil e terceira colocada no ranking mundial da Classe 10, a jogadora compartilhou sua experiência com atletas locais, convidados pela Federação Potiguar de Tênis de Mesa.

Aos seis meses de vida, Bruna Alexandre teve que amputar o braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão Bruno. Até 2009, a atleta competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência e conquistou o título de tetracampeã municipal, em Criciúma.

O potiguar Lucas Souza, que já foi campeão brasileiro da modalidade, participou do evento e bateu uma bolinha com Bruninha, que ainda participa de torneios para atletas sem deficiência.

- Foi uma tarde muito agradável. É importante termos momentos como este. Falei para eles que, tendo deficiência ou não, se eles têm o sonho de seguir no esporte, de serem atletas de tênis de mesa, têm que treinar muito - contou Bruna.

Após disputar os Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, a mesatenista sonha com a participação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, além, claro, das Paralimpíadas.

Bruna se mira no exemplo da polonesa Natalia Partyka, que transformou a disputa do tênis de mesa em um dos pontos altos dos Jogos Olímpicos de 2012. Nascida sem parte do braço direito, ela conseguiu avançar até a terceira rodada da competição individual feminina, derrotando pelo caminho adversárias sem deficiências físicas.

Atualmente, a catarinense treina em São Caetano do Sul, em São Paulo, um dos clubes de referência na prática esportiva do tênis de mesa no Brasil.

O projeto Experimentando Diferenças segue em Natal até o dia 28 de fevereiro e foi desenvolvido com objetivo de levar momentos de vivência da rotina de atletas paralímpicos ao maior número de pessoas, mostrando que barreiras físicas não impõem limitações.

Fonte Globo Esporte Natal

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