sábado, 21 de dezembro de 2013

Projeto com esporte no bairro do Planalto afasta crianças carentes das drogas


Em um humilde campo de futebol, com estrutura precária e de escassos recursos, a bola rola todos os sábados para o sonho de mais de 50 crianças carentes do bairro do Planalto, zona Oeste de Natal. Aspiração essa que também é compartilhada com o mentor do projeto, o professor Paulo Vitor dos Santos, que desde o seu tempo de estudante sempre almejou ter uma escola de futebol, na qual nomeou de ‘Escolinha 1º gol’.

“A ideia do projeto surgiu quando eu ainda era aluno da UFRN, quando estava terminando o curso de educação física. Meu sonho era ter uma escolinha de futebol. Fui montando o projeto e, quando terminei o curso, o coloquei em prática. A primeira coisa que eu fiz foi pesquisar o melhor local para ter o campo. Escolhi o Planalto porque é um bairro muito carente”, disse.

Um dos principais objetivos do professor é afastar as crianças das drogas. Para isso, ele destaca a importância do esporte e explica que já conseguiu contornar diversos casos de jovens que estavam começando a se tornar usuários. “Já houve alguns casos de crianças que estavam usando [drogas], mas trabalhei com alguns deles e foram melhorando. Vários deixaram. Mostro a importância do esporte e deixo claro que a droga não é o caminho para nada. Houve uma melhora e se adaptaram a filosofia da minha escolinha”, destacou.

Sem cobrar nada pelas aulas, o professor sustenta o projeto apenas com doações de colaboradores. Segundo Paulo Vitor, a motivação de evoluir a escolinha surge das próprias dificuldades. “Vir para cá e dar aula para tantos meninos é a maior dificuldade. São meninos com diferentes tipos de temperamento. Alguns, a gente precisa até ser um pouco duro porque em casa talvez eles não obedeçam nem aos pais, então aqui a gente disciplina. Pratico a filosofia de Dom Bosco, que é a bondade, a razão e a religião”, frisou.

Tradição de festejos
Uma tradição da Escolinha 1º Gol é o festejo. Durante o ano, o professor Paulo Vitor realiza quatro eventos comemorativos. Segundo ele, é uma maneira de aproximar as crianças das famílias e de premiar o empenho dos jovens.

“Faço quatro festas comemorativas durante o ano. No mês de maio faço a festa das mães para aproximar as crianças de suas mães. Em agosto o mesmo acontece no dia dos pais, para haver essa interação com os pais. No dia da criança a interação é entre toda a família. Por fim, a melhor vem na festa de fim de ano, em que todos recebem presentes e realizo um torneio entre eles, com medalhas e premiações”, explicou.

Por Miguel Medeiros via Portal no Ar Esportes

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