sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ansioso por luta com Barão, Dominick Cruz já faz sparring sem chutes


A imprensa internacional - e principalmente a brasileira - vem cobrando o retorno do atual campeão dos pesos-galos do UFC, Dominick Cruz, há muito tempo. O americano já está fora de ação desde outubro de 2011, por causa de lesões na mão e no joelho esquerdo. Por isso, a aparição do lutador como professor de wrestling numa ação promocional do UFC Rio 4 na quarta-feira surpreendeu a todos. Cruz demonstrou posições de queda e pareceu enfim estar recuperado das cirurgias no tendão do joelho. Todavia, as aparências enganam, e o campeão lembrou que simples demonstrações de 10 minutos não podem ser comparadas às intensas sessões de treinos de MMA na academia.

- Tudo parece bem com meu joelho porque estou treinando com a imprensa (risos). Não estou lutando com atletas profissionais. Nesse nível, você tem que estar 100%. Ainda nem fui liberado para fazer luta agarrada ainda, então, tecnicamente, se meu fisioterapeuta me visse mostrando esses exercícios, ele provavelmente ficaria irritado comigo. Mas estou fazendo porque estou num ritmo bem devagar e estou sendo muito cauteloso. Eu devo ser liberado em cerca de duas semanas. Aí, começarei a poder fazer quedas e exercícios como vocês me viram fazer hoje. Depois de algum tempo disso, posso começar a misturar com meu sparring. Estou fazendo sparring já, mas só com boxe. Então vou juntando os pedaços aos poucos até poder voltar forte - contou Cruz ao Combate.com.

A ansiedade, porém, é clara na voz de Cruz e em seus olhos. O tempo longe do cage o incomoda, e os treinos sem chutes e com intensidade reduzida, também.

- Eu preferiria estar sendo chutado na perna, para ser sincero, porque aí você está construindo um monte de coisas que precisa para uma luta, como resistência, você aprende as técnicas, como se defender corretamente. Eu não faço isso há muito tempo, então tenho que reconstruir tudo. Tenho que reconstruir a resistência da minha perna para receber chutes e dar chutes. Tudo isso vai tomar tempo até que eu possa voltar a lutar, e estou indo o mais rápido que é humanamente possível, e tentando me manter intacto.
Brasil e Renan Barão

Convidado do UFC para o evento da organização do próximo sábado, Cruz disse ter recebido boas-vindas calorosas em sua primeira passagem pelo Brasil e não escondeu a felicidade em estar na academia de Vitor Belfort, seu ídolo de infância.

- Cresci vendo o Vitor Belfort direto. Ele tinha 19 anos, era o Fenômeno, "assassinando" as pessoas no cage, eu o assistia desde então. E agora estou em sua academia, no Brasil, dando um seminário para a mídia, é um sonho realizado. É incrível como a vida acontece - afirmou.

Fonte Adriano Albuquerque, Ivan Raupp e Marcelo Rússio Rio de Janeiro

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