segunda-feira, 10 de junho de 2013

'Foi a maior humilhação e covardia da minha carreira', diz Ruy Cabeção


"Fui chutado como um cachorro. Recebi uma ligação do supervisor e assinei minha rescisão de contrato em cima do capô do carro e debaixo de chuva. Foi a maior humilhação e falta de respeito da minha carreira e vida". Foi assim que o experiente volante Ruy Cabeção, de 35 anos, definiu a sua saída do América-RN(veja no vídeo ao lado). O jogador, que havia sido emprestado pelo Alecrim para a disputa da Série B, só disputou uma partida pelo alvirrubro, e na última quarta-feira já foi mandado embora do clube.

Chateado com a dispensa, Ruy aproveitou para desabafar em seu blog. O jogador disse não compreender o motivo da demissão, e afirmou que sempre foi um profissional exemplar, apesar do avanço da idade.

- Fico me perguntando: 'por que comigo?' Fico refletindo, procurando alguma resposta, e não encontro. Sempre treinei com a mesma intensidade dos meus companheiros mais jovens, e nunca pedi para diminuir o ritmo ou ser poupado - escreveu.

Segundo Ruy Cabeção, a diretoria do América não o tratou como ele merece. O volante criticou os cartolas americanos, e os chamou de "amadores". Mas o jogador também destacou os bons momentos vividos no Mecão, e disse que fez alguns amigos no clube.

- Na minha apresentação, o clima já foi meio estranho, com alguns membros da direção me tratando com frieza e, o pior, sem coragem de conversar olhando olho no olho. Mas deixei alguns amigos no América. Vi o quanto sou admirado, pois os meninos da base falavam que era um prazer jogar ao meu lado. Ficarei torcendo e orando para que no caminho deles não apareçam amadores (dirigentes) querendo atrapalhar as suas carreiras - postou Ruy.

Ainda de acordo com Ruy, o baque da saída do América foi grande, mas não o suficiente para pôr um ponto final na sua carreira. Ele garante que vai continuar trabalhando para voltar ao "cenário nacional", como era quando jogava por Botafogo, Cruzeiro e Fluminense.

- Muitos pensariam em parar, mas eu não, porque eu quero, eu posso e eu vou conseguir (frase do meu ex-treinador Pedrinho Albuquerque). No meu caso, fui, sou e serei sempre um vencedor. O carinho dos torcedores dos clubes por onde passei me diz isso. Infelizmente, coisas estranhas acontecem nos bastidores da bola. Paciência. Por isso Deus me deu uma cabeça desse tamanho - finalizou.

Fonte Globo Esporte RN

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