Dos sete surfistas que vão representar o Brasil no Circuito Mundial em 2015, dois são potiguares.Jadson André, natural de Natal, é quase um veterano e está no circuito há seis anos. Ítalo Ferreira, local de Baía Formosa, conquistou a vaga em 2014 e reforça o time brasileiro este ano. Com estas conquistas, o Rio Grande do Norte vem se consolidando como um celeiro do surfe. O estado tem representantes na elite desde 1995, quando Aldemir Calunga começou a "dropar" as ondas pelo mundo. Depois, vieram Danilo Costa, Marcelo Nunes e Joca Júnior, que mantiveram a presença potiguar na elite. O segredo para isso? O clima tropical e quase 400 quilômetros de litoral com ondas durante todo o ano.
O surgimento de novos surfistas no cenário norte-rio-grandense revela a importância do esporte para o país. Entre as promessas, Mateus Sena, de apenas 12 anos, é o atual campeão potiguar sub-14, além de ter conquistado o bicampeonato potiguar sub-12 e o tricampeonato paraibano sub-12. Em 2015, o jovem surfista disputará os circuitos Potiguar e Paraibano sub-14, além do Campeonato Nordestino e o Brasileiro e a etapa do Rip Curl Gron Session, em Santa Catarina.
Para buscar reconhecimento, muitos surfistas saem cedo de casa e iniciam o desgastante, mas recompensador, processo de viagens e de treinos em outros estados e até países. Jadson e Ítalo são dois exemplos que a persistência deu certo. Os dois fizeram a primeira viagem, como surfistas, para fora do Rio Grande do Norte aos 13 anos. As escolhas feitas no passado são colhidas em um presente com felicidades, e com um futuro cheio de esperança.
- É inevitável sair de Natal. Chega uma hora que o surfe não evolui mais nessas ondas e aí tem que ir embora para treinar em ondas melhores e maiores - disse Jadson, que foi vice-campeão mundial Pro Junior duas vezes, até conseguir uma vaga no WCT.
De mais longe, em Baía Formosa, Ítalo Ferreira acompanhava a correria dos amigos potiguares surfando em tampas de isopor. Aos 12 anos, assinou o primeiro contrato com uma empresa de material esportivo, depois de uma competição realizada na praia de Ponta Negra, e nunca mais saiu da crista da onda.
- Para ser um surfista, no nosso caso profissional, é preciso ter um patrocínio para poder viajar e disputar as competições, porque tudo é muito caro no circuito. Graças a Deus, não é o meu caso e o Jadson, porque conseguimos um patrocínio desde muito cedo, e levanto as mãos e agradeço todos os dias. Em Baía Formosa, a molecada é muito boa e tem muitos talentos que ainda precisam ser descobertos - revelou.
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Texto e Foto: Jocaff Souza via GE RN
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