
Terminada da Copa do Mundo, é hora de refletir sobre o que pode acontecer nos próximos quatro anos, tendo em vista o Mundial da Rússia, em 2018.
A goleada acachapante por 7 x 1 ante a Alemanha, nas semifinais, e a consequente eliminação mascararam um fato: a seleção brasileira tem, sim, uma base montada. Do time-base de Felipão para a Copa, pelo menos seis jogadores devem ter vida longa no time nacional, casos de Thiago Silva; David Luiz; Marcelo; Luiz Gustavo; Oscar e Neymar.
O trabalho agora é agregar valor à seleção, que em 2015 já terá a Copa América, torneio em que passou em branco em 2011. Para isso, o garimpo de novos valores Brasil afora passa a ser ordem do dia.
A seguir, PLACAR dá um 'mãozinha' para a nova comissão técnica da seleção. Selecionamos 23 nomes que podem ganhar terreno neste novo ciclo. Vale lembrar que não consideramos jogadores que tenham disputado esta Copa.
Rafael (Goleiro, 24 anos, Napoli-ITA)
Reserva de Reina no Napoli, Rafael teve chances na seleção com Mano Menezes. Disputou os jogos preparatórios para as Olímpiadas de Londres, em 2012, mas se machucou às vésperas da competição. Deixou ótima impressão na conquista do Santos na Libertadores de 2011, quando 'fechou' o gol nas oitavas, contra o América do México. Sua inconstância, no entanto, o tirou dos planos para a Copa de 2014.
Gabriel Ferreira (Goleiro, 21 anos, Milan-ITA)
Foi de Gabriel a missão de substituir Rafael na disputa dos Jogos Olímpicos de Londres. Não comprometeu, mas saiu chamuscado após a derrota na final para o México. Sua credencial foi exibida no Mundial sub-20 em 2011, quando foi um dos grandes heróis da conquista, ao lado de Oscar. Na última temporada, acabou promovido a reserva imediato de Abbiatti, mas somou minutos apenas em amistosos de pré-temporada.
Neto (Goleiro, 24 anos, Fiorentina-ITA)
Neto terminou a temporada como titular da Fiorentina. Pela seleção, disputou os Jogos Olímpicos de 2008 na reserva de Gabriel. Chegou a ser convocado por Felipão, mas foi relegado na reta final de preparação para a Copa.
Marquinhos (Zagueiro, 20 anos, PSG-FRA)
Apesar da pouca idade, Marquinhos já é um dos zagueiros mais badalados do futebol europeu. Na temporada retrasada, ainda na Roma, era cotado no Barça, mas acabou indo para o PSG. Concorria com Henrique, Dedé e Miranda por uma vaga entre os quatro zagueiros de Felipão na Copa, mas acabou ficando de fora. Em junho, foi campeão do Torneio de Toulon com a seleção brasileira.
Dória (Zagueiro, 19 anos, Botafogo)
É nome cativo nas seleções de base do Brasil. Esteve na pífia campanha do Sul-Americano sub-20 de 2013, mas, ao lado de Marquinhos, faturou o Torneio de Toulon neste ano. É técnico, tem ótima impulsão e chuta forte com a perna esquerda.
Juan Jesus (Zagueiro, 23 anos, Inter de Milão-ITA)
Titular na campanha de prata da seleção nos Jogos de Londres, Juan nunca mais voltou a vestir a Amarelinha. Ainda em 2012, se mudou para a Inter de Milão e, por lá, ganhou respeito. Consistente, jogou boa parte do último Italiano entre os onze iniciais.
Bressan (Zagueiro, 21 anos, Grêmio)
Cotado por clubes italianos, Bressan tem a velocidade e antecipação das jogadas como pontos fortes. É jogador a ser observado para as Olimpíadas do Rio, em 2016.
Danilo (Lateral direito, 23 anos, Porto-POR)
Em 2011, com apenas 20 anos, era o melhor lateral direito em atividade no Brasil. No Porto, também jogou como volante e ala. Como Daniel Alves e Maicon chegarão a 2018 com 35 anos, é Danilo quem assume a dianteira por um lugar na lateral direita da seleção.
Wallace (Lateral direito, 20 anos, Inter de Milão-ITA)
Com apenas 18 anos, deixou o Fluminense para defender o Chelsea, que o repassou em 2013 para a Inter de Milão. Habilidoso, chega com facilidade à linha de fundo, mas ainda peca nos cruzamentos.
Wendell (Lateral esquerdo, 20 anos, Bayer Leverkusen-ALE)
Graças ao ótimo primeiro semestre pelo Grêmio, acabou contratado pelo Bayer Leverkusen. Tem estilo semelhante ao de Marcelo, mas mostra mais segurança na defesa.
Alex Sandro (Lateral direito, 23 anos, Porto-POR)
Seguiu os mesmos passos do amigo Danilo. Começaram no Santos, foram campeões da Libertadores pelo clube, em 2011, seguiram para o Porto e faturaram a medalha de prata pela seleção em Londres-2012. Como a maioria dos laterais brasileiros, sobe bem ao ataque, mas deixa brechas na retaguarda. Isso fez com que jogasse muitas vezes como meia aberto pela esquerda no Porto.
Fernando (Volante, 22 anos, Shakhtar Donetsk-UCR)
A impressão que ficou em 2013 é a de que se Fernando tivesse seguido mais alguns meses no Grêmio, certamente iria à Copa. Depois de ser titular em amistoso pré-Copa das Confederações, foi ao torneio na reserva de Luiz Gustavo e Paulinho. Negociado com o Shakhtar, saiu do radar de Felipão. Tem tempo e bola para recuperar seu espaço na seleção.
Rodrigo Caio (Volante, 20 anos, São Paulo)
Volante de origem, se vira bem como zagueiro, posição em que atuou durante boa parte de 2013. Se destaca pelo posicionamento e ótimo cabeceio. Virou 'queridinho' da imprensa europeia após o bom papel no Torneio de Toulon, sendo sondado, inclusive, por times ingleses.
Fred (Volante, 21 anos, Shakhtar Donetsk-UCR)
Em 2013, teve um início de Brasileiro arrasador com a camisa do Inter, mas logo estava de mala pronta para o Shakhtar. No clube ucraniano, oscilou bastante, mas tem grande margem para evolução nos próximos anos.
Lucas Silva (Volante, 21 anos, Cruzeiro)
'Achado' de Marcelo Oliveira, foi fundamental na conquista do Brasileiro de 2013 pelo Cruzeiro. Tem pegada no meio-campo, mas também sabe sair jogando.
Rafinha (Meia, 21 anos, Barcelona-ESP)
Ao contrário do irmão Thiago, que se naturalizou espanhol, Rafinha decidiu defender a seleção brasileira. Cria do Barcelona, foi emprestado ao Celta de Vigo, onde teve atuação destacada na última temporada. Já serviu o time brasileiro nas categorias de base.
Douglas Costa (Meia, 23 anos, Shakhtar Donetsk-UCR)
Em 2012, foi convocado por Mano Menezes para um período de testes com a seleção brasileira. Não foi mais lembrado para o time adulto, mas continuou sendo um dos protagonistas do Shakhtar nas últimas duas temporadas. Foi vice-campeão mundial sub-20 em 2009.
Lucas Moura (Meia, 21 anos, PSG-FRA)
Lucas foi esquecido por Felipão às portas da Copa, depois de um ano acumulando convocações. No PSG, ainda não deslanchou, mas sua última temporada foi mais sólida. Com a bateria recarregada, Lucas tem tudo e mais um pouco para voltar à seleção.
Philippe Coutinho (Meia, 22 anos, Liverpool-ING)
A temporada que Coutinho fez pelo Liverpool era digna de convocação para a Copa, mas o meia não foi lembrado na lista final. Campeão mundial sub-20 em 2011, deve crescer na cotação neste ciclo pré-Copa 2018.
Luan (Atacante, 21 anos, Grêmio)
Luan tem no drible seu grande atributo. Jogando aberto, desequilibra no mano-a-mano. É mais um integrante do time brasileiro que se sagrou campeão em Toulon.
Lucas Piazon (Atacante, 20 anos, Vitesse-HOL)
Com apenas 17 anos, já estava no Chelsea. Foi emprestado ao Málaga em 2013, onde foi bem, e fechou a última temporada com a camisa do Vitesse. Na Holanda, fez 11 gols na Eredivise e colheu elogios. De volta ao Chelsea, tentará convencer José Mourinho de que pode ser útil.
Mosquito (Atacante, 18 anos, Atlético-PR)
Mosquito veste a camisa 9, mas não é um centroavante fixo, de referência. A movimentação pelos lados do campo é uma das caracterísiticas do seu jogo. Marcou quatro gols no Mundial sub-17, em 2013, o que despertou a cobiça do Manchester United.
Gabriel (Atacante, 17 anos, Santos)
Nova joia das categorias de base do Santos, Gabriel teve sua primeira chance entre os profissionais do Santos apenas em 2013. Desde então, anotou 16 gols em 44 jogos. No Paulistão, roubou a cena ao marcar sete gols, a dois da artilharia máxima do torneio.
Fonte PLACAR Foto Getty Images