sexta-feira, 11 de julho de 2014

Emocionado, Neymar chora ao lembrar lesão e comenta derrota histórica da Seleção


Neymar voltou à Granja Comary nesta quinta-feira (09.07) após a lesão sofrida na partida contra a Colômbia, pelas quartas de final da Copa do Mundo da FIFA 2014. Reencontrou os companheiros após a trágica eliminação diante da Alemanha, cumprimentou a todos, e conversou com a imprensa pela primeira vez desde o lance que o tirou do Mundial.

O camisa 10 da Seleção Brasileira se emocionou ao lembrar da joelhada de Zuñiga e chorou diante dos jornalistas, mas também foi firme ao defender seus companheiros. O atacante admitiu que os 7 x 1 aplicados pelos alemães envergonharam não só a torcida, mas também ao grupo. No entanto, ele disse que a equipe não merecia sair da Copa desta forma.

Sobre uma possível participação na final, o jogador revelou que foi apenas especulação. Neymar disse que não teria condições de entrar no campo caso o Brasil se classificasse. Ele também comentou sobre a experiência de assistir à partida pela TV e o futuro da Seleção.

Confira o que disse o craque brasileiro.
Reencontro

Estou muito feliz por reencontrar meus companheiros. A gente começou juntos e vamos terminar juntos. O que importa é que estamos fechados, unidos e vamos terminar honestamente, honrando a camisa que a gente ama e sempre sonhou em vestir.


A derrota para a Alemanha
Depois dessa derrota a gente se sente humilhado, envergonhado, porque não queríamos isso. Mas não é por causa de uma derrota praticamente histórica que temos que baixar a cabeça. Faz parte do futebol, o esporte é assim. Você está ali no campo para ganhar ou perder. Vai doer por muito tempo, mas vai passar e dias melhores virão. Vamos fazer de tudo para devolver a alegria.


Apagão da Seleção
É uma coisa inacreditável, inexplicável. Não existe o “se eu estivesse em campo”. É muito fácil falar depois da partida. Sei como é conviver com um apagão dentro de campo. Você não consegue se organizar, acertar um passe, não consegue fazer nada. Ninguém queria perder, todo mundo queria o título e trabalharam para isso. Infelizmente aconteceu com a gente, mas somos fortes o suficiente para aguentar tudo isso.


Neymar como torcedor
Acompanhar pela TV é muito ruim. Eu não gosto de torcer. Por isso procuro não assistir a jogos. Mas como eram meus companheiros, eu tinha que assistir e virar mais um torcedor.


Imagem
Tivemos a oportunidade, fizemos de tudo para marcar nosso nome na história de uma forma positiva e falhamos, erramos, deixamos a desejar. Sabemos que não fizemos uma campanha boa, não demonstramos nosso melhor futebol. Não foi um futebol de Seleção Brasileira, superior, que encanta a todos. Faço parte de uma seleção que vai ficar marcada por uma goleada, infelizmente. Acho um pouco de injustiça, como aconteceu com o Barbosa em 1950. Mas não podemos ficar chorando todos os dias, de cara feia. Já sofremos, já choramos, agora é voltar a sorrir


Seleção Brasileira
A Seleção vai ser sempre a Seleção. Sempre o país que encanta a todos com seu futebol, independentemente do que aconteceu ou se estiver perdendo. Tem que ser respeitada.

Terceiro lugar
Vamos encarar o jogo de sábado (12.07) como se fosse uma final e terminar a Copa sorrindo, com uma vitória. Não vai confortar tanto, assimilar a dor, mas é importante.

Semana da lesão
Se eu fosse imaginar uma semana ruim, não imaginaria essa. Está sendo pior. Mas por causa de mensagens de pessoas que me enviaram incentivo, da minha família, dos meus amigos e meus companheiros, espero que tudo passe muito rápido. Mas vai ficar tudo de aprendizado.

Elogios ao grupo
Fomos fracassados sim, perdemos, mas faz parte do futebol. Não queríamos perder dessa forma, mas pelo menos eles correram, buscaram até o final. Estavam perdendo de 7 x 0 e correram até o fim. Sinto orgulho de cada um, admiro esses caras.

Torcida na final
Desejo sorte às duas equipes, mas espero que vençam meus companheiros Messi e Mascherano. Para o futebol, pela história que o Messi tem, de ter conquistado muita coisa, quase tudo, acho que ele merece. Estou torcendo porque é um amigo. Não estou torcendo para a Argentina, e sim para os dois. Eu sou Messi Futebol Clube.

Falta de Zuñiga
Foi um lance que eu não concordo, não aceito. Todo mundo que entende de futebol sabe que não é uma entrada normal. Quando você quer fazer uma falta para parar o jogo, principalmente quando o cara está de costas, você chuta o tornozelo, segura, empurra. Da forma como a bola estava chegando, não é situação de jogo. Muitos falam que sou “cai cai”, não ligo pra isso. Mas quando eu estou de frente, eu tenho a visão periférica e consigo me defender. De costas eu não consigo. A única coisa que pode me defender é a regra. Foi um lance que eu não tive como me defender. Se fosse 2 cm para dentro, eu poderia estar numa cadeira de rodas.

Recuperação para a final
Não teria chance de jogar. O Runco tinha falado que eu estava fora, por isso fui para casa, ficar perto da família. Seria pior ficar. Eu não ia ter força para incentivar meus companheiros. Queria estar junto com eles, mas só de vê-los treinando hoje já me deu uma saudade, imagina se eu tivesse ficado a semana inteira.

Mudanças na Seleção
Nós brasileiros temos uma mania um pouco errada de quando se perde, tem que mudar. Futebol não é assim. A gente aprende na derrota também. Quando se perde, tem que corrigir, 
e se corrige treinando e trabalhando.

Por Portal da Copa Foto Jefferson Bernardes/Vipcomm

Argelino Djamel Haimoudi é o escolhido para apitar Brasil x Holanda


Nesta quinta-feira 10, a Fifa escolheu o árbitro responsável por conduzir o duelo entre Brasil e Holanda, partida que define o terceiro lugar da Copa do Mundo. Trata-se do argelino – e enfermeiro – Djamel Haimoudi, que se torna o primeiro africano a atuar em tal estágio do torneio. Esta será sua a quarta partida em solo brasileiro.

Haimoudi ficou marcado na Copa pelo pênalti duvidoso marcado no duelo entre Austrália e Holanda, em Porto Alegre-RS, válido pela primeira fase. Na ocasião, o argelino acusou que o defensor europeu Janmaat cortou um cruzamento com a mão. A polêmica rendeu o gol do capitão Jedinak, mas não evitou o triunfo da Laranja Mecânica, pelo placar de 3 a 2.

Adiante, o enfermeiro conduziu o empate sem gols entre Costa Rica e Inglaterra e a vitória dramática da Bélgica sobre os Estados Unidos, na prorrogação. Tal encontro, decidido ao longo de 120 minutos, foi o único apitado pelo africano na fase eliminatória de 2014.

No currículo, o árbitro de 43 anos soma duas partidas da Copa das Confederações (2013), um Mundial do Clubes (2012). Foi dele também a condução da final da última Copa Africana de Nações, entre Nigéria e Burkina Faso. Na ocasião, melhor para as Águias, que venceram por 1 a 0.

Por Gazeta Esportiva Foto AFP

Despedida fria: Seleção dá adeus à Granja sob chuva; hexa fica no adesivo

Frio e chuva, 10 graus no ultimo dia de treino na Granja Comary (Foto: Janir Júnior)

No dia 26 de maio, em meio aos sorrisos e declarações otimistas num dia de sol no Rio de Janeiro, os jogadores subiram a Serra para dar início à preparação para a Copa do Mundo; nesta sexta-feira, dia 11 de julho, com chuva, frio, termômetros marcando 10 graus e desculpas para o vexame da eliminação na derrota por 7 a 1 para a Alemanha, a seleção brasileira faz sua última atividade na Granja Comary e se despede de Teresópolis. Às 15h, o ônibus com a inscrição "preparem-se, o hexa está chegando", desce a serra não para levar o time para à tão sonhada final, mas sim para o aeroporto de onde seguirá para Brasília. Neste sábado, exatamente um mês após estrear no Mundial com vitória por 3 a 1 sobre a Croácia, a equipe de Felipão enfrenta a Holanda, às 17h, na disputa pelo terceiro lugar.

Neymar, que se reintegrou ao grupo, segue com a delegação para Brasília. Nesta sexta, jogadores poderão ter o último contato com torcedores de Teresópolis, que, no último mês e meio, enfrentaram frio, vararam madrugadas, gritaram, invadiram o campo da Granja e, mesmo depois do vexame diante da Alemanha, estiveram presentes no treino desta quinta para demonstrar apoio à Seleção.

O carinho serviu como combustível para a paixão infantil. Como no dia 8 de junho, quando o pequeno Bernardo Ramos, de 8 anos, invadiu o campo. Um dos seguranças tentou retirar o menino, mas Neymar correu na direção da grade que separa o condomínio do campo 2 da Granja Comary e chamou o garoto para bater bola e tirar foto com alguns titulares que ainda estavam no gramado.

O apoio foi total e irrestrito. Todo santo dia lá estavam os torcedores marcando presença nas cercanias da Granja, com faixas e cartazes. Quando o ônibus deixava a concentração para o deslocamento para as partidas, dezenas de torcedores; quando voltava, quase sempre na madrugada, era recepcionado com o calor humano de quem se contentava com o mais simples aceno.

Depois da derrota por 7 a 1 na terça-feira, a Seleção retornou de Belo Horizonte e chegou à Granja por volta de 2h. Eram poucos, seis torcedores apareceram para dar apoio. Logo ao lado, uma faixa com a palavra “vergonha” foi rapidamente retirada.

Teresópolis se vestiu de verde e amarelo durante a Copa. Foi a cidade da Seleção. Nesta sexta, depois do treino pela marcado para às 10h30, o time de Felipão deixará a Granja às 15h.

Resta saber se os torcedores lá estarão em peso, enfrentando a chuva insistente e o frio. Apenas cinco torcedoras apareceram nas primeiras horas da manhã desta sexta. Será a última oportunidade de receber um aceno que seja.

Escoltado pela polícia, o ônibus seguirá com a delegação para a disputa do terceiro lugar. E com o adesivo estampado nas janelas: “preparem-se, o hexa está chegando”. Talvez uma versão atualizada bem poderia dizer: “aguardem, o hexa agora só em 2018”.

Por Janir Júnior Teresópolis, RJ via GE Foto Janir Júnior

Holanda chega à Brasília com cara de poucos amigos

Van Gaal durante partida da Holanda

A disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo de 2014 coloca as seleções da Holanda e do Brasil em duas situações diferentes. Os brasileiros têm de tentar amenizar o desastre da goleada catastrófica de 7 a 1 para Alemanha, enquanto os holandeses não fazem questão de esconder a frustração por disputar um jogo que para eles não tem valor algum.

O técnico Van Gall deixou bem claro sua insatisfação com a realização dessa partida. “Isto é um duele desnecessário. É um cumprimento de protocolo”, disparou o mal humorado treinador holandês.

Já o defensor De Vrij afirmou que uma vitória e a conquista do terceiro lugar serão importantes, pois a torcida holandesa ficaria mais conformada com a perda do título.

Na chegada ao hotel em Brasília, praticamente não haviam torcedores aguardando o selecionado holandês. O técnico Van Gall dará entrevista coletiva a partir das 11h30 no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Um grupo de 300 torcedores da laranja mecânica é aguardado nas próximas horas para acompanhar o jogo da disputa do terceiro lugar entre Brasil x Holanda, neste sábado, às 17 horas, no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Por Sérgio Porto

Brasil iniciará renovação da seleção com partida em Natal



Ainda falta confirmar a data oficial, mas o primeiro encontro da seleção brasileira com a torcida pós-Copa será em Natal. Sem a conquista do hexacampeonato e a goleada histórica sofrida para a Alemanha na semifinal, o provável processo de renovação do selecionado nacional deverá começar por solo potiguar.

Apesar de a Copa ainda não ter terminado, existe a expectativa pela mudança do treinador gaúcho Felipão que está há um ano e meio à frente do selecionado nacional. Não apenas ele, o próprio elenco de 23 jogadores deverá passar por alterações e substituições de olho na Copa América e nos compromissos seguintes.

A confirmação havia sido feita em meados do mês de maio pelo presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF), José Vanildo, após uma reunião na sede da CBF, com o presidente e o vice da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

O duelo será disputado na primeira “data Fifa” do pós-Copa. No site da entidade, após o mundial, a semana entre o dia 01 e 09 de setembro está reservada para realização dos primeiros amistosos entre seleções após a disputa do Mundial de futebol no Brasil.

“Ficou acertado que o primeiro jogo da Seleção, pós-Copa, será em Natal, um compromisso assumido nessa reunião com a Federação e o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. O jogo será na primeira data Fifa”, garantiu o presidente da FNF na oportunidade.

Antes disso, no entanto, o Brasil entrará em campo para a decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo, para enfrentar o perdedor de Argentina e Holanda, que se enfrentam nesta tarde, para ir à final para enfrentar a Alemanha. No sábado (12), a seleção brasileira enfrenta o perdedor do duelo de logo mais.

Amistosos
As datas seguintes para a seleção brasileira no ano já estariam com seus respectivos jogos definidos. A CBF já havia confirmado que o Brasil vai enfrentar a Argentina no dia 11 de outubro, no Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, no Superclássico das Américas.

Depois disso, no dia 12 de novembro, na cidade de Istambul, a equipe vai enfrentar a Turquia, em duelo com horário ainda indefinido na última data reservada para amistosos de selecionados nacionais. A seleção turca não conseguiu se classificar para a Copa e ocupa atualmente a 39ª colocação no ranking da Fifa.

Por Bruno Araújo via Portal no Ar