quarta-feira, 27 de maio de 2020

Clubes-empresas e Fair Play Financeiro podem ser soluções para crise do futebol pós-pandemia

Clubes-empresas e Fair Play Financeiro podem ser soluções para crise do futebol pós-pandemia

“Clubes-empresa”. Sem dúvidas esse é um dos termos que mais vem sendo usado e implementado no futebol nos últimos anos. Questionado ou não, talvez seja a melhor saída para a saúde alguns clubes de futebol - em especial no Brasil - no período pós-pandemia causada pelo novo coronavírus.

O maior exemplo de uma clube-empresa no cenário do futebol Brasileiro é o RB Bragantino, que é formado da junção do Bragantino (tradicional equipe do interior de São Paulo) e o Red Bull Brasil, equipe fundada em 2007 e que subiu degrau a degrau até a elite do futebol paulista. Planejado ou por sorte, a união dos clubes dentro de campo aconteceu no Campeonato Brasileiro da Série B 2019, mesma temporada em que não houve a “cláusula paraquedas”, em que equipes da Série A cairiam como um aporte financeiro similar ao de um clube de primeira divisão.

Enquanto os clubes da Série B recebiam entre R$ 8 milhões e R$ 6 milhões, a empresa Austríaca investiu R$ 45 milhões só no futebol. No final da temporada, a nova equipe RB Bragantino conquistou o título da Segundona e em 2020, se prepara para a disputa da Primeira Divisão, onde já tinha investido mais de R$ 80 milhões só em contratações. 

Se o RB Bragantino é um exemplo de sucesso, podemos dizer que outros não tiveram a mesma sorte. 

Fair Play Financeiro.
Outra medida que pode evitar problemas financeiros futuros e controlar os gastos dos clubes é o Fair Play Financeiro. Clubes da Europa já convivem com o controle implementado pela Fifa há algumas temporadas. No Brasil, a CBF pretendia adotar o Fair Play Financeiro nesta temporada a partir do Campeonato Brasileiro, entrando de forma gradativa ao longo de quatro anos.

O Fair Play Financeiro serviria para melhorar a capacidade econômica dos clubes e proteção aos clubes ao comprar/vender jogadores tendo a garantia de que vai pagar/receber em uma negociação. Garantindo também um controle real nos gastos dos clubes, gastando apenas o faturamento daquela temporada. Caso não seja cumprido, o clube será punido não podendo inscrever atletas pelo período de três janelas de transferências ou um ano e meio.

Os clubes que não cumprirem com suas obrigações de fair-play financeiro podem ser investigado, como Paris Saint-German (PSG) já foi e escapou na prorrogação, e receber punições severas, como o Manchester City, que foi banido das próximas duas edições da Liga dos Campeões da Uefa, e o Milan, que ficou de fora da atual edição da Liga Europa.

Por Rádio Jornal Foto: Foto: JC Imagem Pedro Alves

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