sexta-feira, 9 de maio de 2014

Seleção brasileira tem média de 28 anos e dois meses

Fred está confiante para disputar a Copa do Mundo – Foto Wagner Carmo/Vipcomm

Logo após divulgar seus 23 escolhidos, Felipão mostrou que tem refletido sobre uma suposta falta de experiência da seleção. Leva em conta que apenas seis convocados já disputaram uma Copa do Mundo. No entanto, o elenco que tentará o hexa em 2014 não é mais jovem ou menos experimentado do que pelo menos três seleções brasileiras campeãs.

A seleção de 2014 tem média de 28 anos e dois meses. Nas outras cinco ocasiões em que ganhou o Mundial, o Brasil o fez com médias entre 25,5 e 27,3 anos. O time de 1958 era o mais jovem e o de 1962, o mais velho.

Além disso, o número de remanescentes de outros Mundiais será igual ao de 1970 e 2002, e superior ao de 1958, quando só cinco jogadores já haviam disputado uma Copa do Mundo.

Felipão vê pontos positivos num grupo com pouca experiência na competição, mas também enxerga uma missão a mais para a comissão técnica diante de 17 estreantes em Copas.

“Temos que fazer com que se sintam preparados. Só que às vezes é mais fácil despertar esta ambição em jogadores jovens do que naqueles em fim de carreira, já sem a mesma vontade. Este grupo quer muito, tem gosto pelo que faz, tem ambição” destacou.

Se na média o grupo é experiente, é fato que, do meio-campo para a frente, metade dos titulares é jovem. Paulinho tem 25 anos, enquanto Neymar e Oscar têm 22.

“Vamos chamar ex-campeões mundiais e pessoas de diversas áreas que possam nos ajudar, em palestras e momentos de convivência. Queremos mostrar o que é uma Copa do Mundo” disse Felipão.

O treinador cometeu um “quase engano” ao comparar o grupo atual com o que ele próprio comandou em 2002.

“Aquele grupo tinha muito mais jogadores experimentados em Copa do Mundo do que este” afirmou.

A rigor, ele esqueceu que o número é igual. Em 2002, Dida, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo, Rivaldo e Denílson já haviam jogado uma Copa ou mais. Hoje, também são seis os que já vivenciaram um Mundial. No entanto, o técnico tem razão se for levado em conta o papel que estes remanescentes desempenharam em Mundiais anteriores. Apenas Júlio César e Maicon já foram titulares numa Copa.

Em seguida, Felipão disse que a realidade atual de seus convocados pode suprir a falta de familiaridade com a Copa.

“Eles jogam em ligas europeias importantes, estão ganhando vivência. Seria importante um pouco mais de experiência, mas acho que não fará falta. Em especial porque conheço bem estes jogadores e sei como se comportam” disse.

Ninguém simboliza de forma tão clara o grupo de jogadores jovens sob grande responsabilidade quanto Neymar. E o craque, novamente, será “blindado”.

“Vocês (jornalistas) podem ajudar entendendo que não deve participar de todas as entrevistas. Devemos preservar jogadores em alguns momentos, tratar como pai. No Barcelona, não discuto a posição do Neymar. Cabe ao Tata Martino. Aqui, ele tem papel diferente. Tem responsabilidade maior na criação, é capaz de improvisar mais do que outros, e trabalha para o grupo” disse Felipão.

Fonte Gazeta do Oeste Esportes Foto Wagner Carmo/Vipcomm

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