Agora é oficial: o Chile é campeão da Copa América. Foi sofrido, em uma final com a Argentina que durou mais que duas horas, com prorrogação e decisão nos pênaltis, mas o torcedor chileno finalmente pode colocar seu nome entre os grandes clubes da América do Sul. Com uma cobrança “ousada” de Alexis Sanchez na marca da cal, o atacante que vinha sendo tão cobrado, a La Roja comemorou diante de mais de 40 mil torcedores no estádio Nacional.
O placar de 0 a 0 durante o tempo normal não parecia assim tão justo para quem acompanhou o confronto. Se no papel o time argentino era "infinitas vezes" melhor, em campo a história era outra. Aránguiz, Vidal, Valdívia... A força do Chile estava no toque de bola rápido e com velocidade, contra uma defesa celeste ainda criticada, mesmo que doutrinada por Tata Martino.
O duelo também era histórico para os argentinos, já que o último título de uma seleção profissional foi em 1993, quando a Argentina levou a Copa América, no Equador. E a geração de Messi, Di María, Tevez & cia. passou por este período todo sem nenhum título. E o grupo continua amargando um jejum de títulos com sua geração que vai passar dos 22 anos.
As cobranças de pênalti demonstraram a preparação. Assim que atacante Higuain isolou sua cobrança, muito distante da meta de Claudio Bravo, o astro argentino Lionel Messi levou as mãos ao rosto e já caiu em desespero. Pouco tempo depois, o zagueiro Banega bateu muito mal, para loucura de todos. Aí foi a vez de Sanchez, que merece um capítulo a parte nesta ilustre história chilena.
ALEXIS SANCHEZ
Sim, contra tudo e contra todos, o atacante cravou o seu nome entre os grandes chilenos. Há quem ainda lembre da sua penalidade máxima desperdiçada contra o Brasil na oitavas de final da Copa do Mundo, quando o Chile fez frente a seleção canarinho. Mas neste sábado Alexis Sanchez provou que merece sim atuar com a camisa roja.
O seu caminhar até a bola após a prorrogação era muito mais do apenas uma cobrança de penalidade: representou uma divisão. Foi ali, naquela caminhada que o Chile deixou de ser o "eterno azarão" para finalmente mostrar a sua força; mostrar seu poder diante da fanática torcida. O toque foi simples, como se a sua chuteira apenas cumprimentasse a bola, mas as consequências foram gigantescas: 17 milhões de vozes gritando com a bola no barbante.
Por Lucas Moron - Campinas via Futebol Interior
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