O comandante abecedista estreou no dia 23 de março com uma goleada por 4 a 1 sobre o Corintians de Caicó, ainda durante a disputa do Campeonato Estadual. De lá para cá, o treinador disputou 22 jogos, venceu 12 vitórias, três empates e sete derrotas, resultando no bom aproveitamento de 59% no comando da equipe.
O pós-Copa, contudo, tem sido cruel com o treinador e a equipe abecedista. A expectativa de que a produção alvinegra melhoraria depois de quase dois meses reservados apenas aos treinos e descanso foi frustrada com uma queda de rendimento considerável em meio às disputas da Série B e a Copa do Brasil.
Os números da equipe caíram, prova não apenas da eliminação do torneio nacional, bem como o fato de o ABC ocupar atualmente sua pior posição desde o início da disputa da Segundona. Nos últimos cinco jogos – todos disputados no pós-Copa –, o time saiu derrotado em três e venceu dois, sofrendo sete gols e marcando apenas quatro.
Em termos percentuais, a queda foi de 19%, levando a um aproveitamento apenas regular de 40%. O desempenho abaixo, inclusive, levanta uma preocupação quanto à sequência do time na Série B, já que os números atuais, se forem mantidos até o final da competição, podem resultar em um caminho turbulento, já que o Atlético-GO, primeiro time fora da zona de rebaixamento, terminou a Segundona com 38,6%.
O rendimento atual do ABC contrapõe completamente as estatísticas positivas alcançadas antes da interrupção da temporada para a disputa do Mundial de futebol. Até então, o Alvinegro havia disputado 17 jogos, vencido 10 deles, empatado três e perdido apenas quatro. Um aproveitamento de 64,7%, números conquistados em meio à disputa de Série B, Copa do Brasil e o Estadual. O aproveitamento chega a ser superior ao da Chapecoense-SC, segundo colocado na Série B do ano passado e que alcançou o acesso com “apenas” 63,2%.
E o falta de regularidade nas atuações foi um dos pontos levantados pelo técnico abecedista após a eliminação de quarta-feira, na Copa do Brasil. “Alguns jogos a gente tem jogado bem no segundo tempo, mas não no primeiro”, afirmou Zé Teodoro que voltou a questionar o setor de criação abecedista. “A transição de meio e ataque é a dificuldade, mas a gente precisa definir e ter regularidade, vamos continuar trabalhando assim para manter a regularidade no Brasileiro”.
Por Bruno Araújo Foto Wellington Rocha
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