quarta-feira, 4 de junho de 2014

Júnior enaltece talento de Marinho Chagas

Marinho Chagas foi eleito o melhor lateral-esquerdo da Copa de 1974 – Foto  Reprodução

“Marinho foi um ícone do futebol brasileiro e deve ser referenciado como um craque”. Rival dentro das quatro linhas, foi assim que o ex-lateral esquerdo da Copa do Mundo de 1982, Júnior, lamentou a morte do amigo Marinho Chagas, ocorrida na madrugada do domingo passado. Os dois foram adversários na década de 1970, quando Júnior integrou o grande time do Flamengo, que contava ainda com Adílio, Andrade e Zico, enquanto Marinho vestiu as camisas de Botafogo, entre 1972 e 1976, e Fluminense, entre 1977 e 1978.

O ex-jogador ressalta que, apesar das dificuldades vividas por Marinho Chagas após deixar o futebol, as lembranças da “Bruxa” dentro do gramado servem para inspirar os mais novos.

“O sentimento é de uma perda muito grande. Ele era uma grande estrela. Tinha um futebol muito elegante e esbanjava simpatia. Eu soube ontem (domingo) e fiquei bastante abalado. Comentei com uns amigos que tive o privilégio de vê-lo jogando. Marinho foi uma referência para todos nós daquela época. Eu tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Marinho foi é uma das referências para todos os jogadores do país” disse Júnior.

Atual comentarista de futebol da Rede Globo, Júnior recorda com carinho dos encontros que teve com Marinho Chagas no Maracanã e brinca com um fato curioso: mesmo atuando na lateral esquerda, os dois não eram canhotos.

“As lembranças dos confrontos contra ele são várias. Enquanto jogava pelo Flamengo, Marinho estava no Botafogo, depois no Fluminense. Foram jogos muito bons e com a curiosidade de que os dois eram destros, mesmo atuando pela lateral esquerda” comenta.

Em 1982, Marinho Chagas tinha 30 anos e havia sido campeão paulista pelo São Paulo na temporada anterior, sendo um dos destaques da campanha. O potiguar não escondia a frustração por ter sido preterido por Telê Santana, então treinador da Seleção Brasileira, que convocou Pedrinho, que havia trocado o Palmeiras pelo Vasco. Júnior conta que seria uma responsabilidade e um prazer dividir o posto de lateral esquerdo da seleção ao lado de Marinho Chagas.

“Seria um prazer enorme dividir uma vaga de lateral-esquerdo com Marinho Chagas. Ele demonstrou muita habilidade na Copa do Mundo de 1974, tanto que foi eleito o melhor jogador na posição daquele Mundial” recorda.

Sobre uma comparação de quem foi o melhor lateral esquerdo da seleção brasileira, Júnior afirma que Marinho Chagas é um “ícone” do futebol nacional e não haverá outro jogador com a sua habilidade.

“Essas comparações não existem. Ele foi um ícone do futebol brasileiro e deve ser referenciado como um craque” finalizou.

Fonte Gazeta do Oeste

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