Que as mulheres são bem mais fortes do que aparentam, isso não há como negar. No esporte, então, são muitos os nomes que se destacam, e nas mais diversas modalidades. No Rio Grande do Norte, uma atleta não se abateu com suas limitações e encontrou no esporte uma forma de vencer as dificuldades. A halterofilista Maria Rizonaide Silva, de 31 anos, é um exemplo de guerreira que não se acomodou ao nanismo, doença genética que faz com que os indivíduos tenham características especiais e fora do padrão da população em geral como a baixa estatura.
Nascida em Santo Antônio do Salto da Onça, que fica a 70 quilôemetros da capital potiguar, Rizonaide compete no halterofilismo desde 2011. O início da prática esportiva foi uma forma de passar o tempo e se condicionar fisicamente. Mas o tempo passou e o que começou como uma brincadeira tornou-se um motivo de orgulho, colocando a atleta em condições de se destacar em competições nacionais e internacionais, consagrando-se como uma "gigante" no esporte paralímpico.
Em fevereiro deste ano, a atleta conquistou a medalha de foi ouro em uma etapa do Circuito Brasileiro de Atletismo, Halterofilismo e Natação, realizado na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Rizonaide, que pesa pouco mais de 46 kg, conseguiu a impressionante marca de levantar 69 kg, o que corresponde a 20 kg acima do índice exigido e 1 kg a menos que o recorde brasileiro, suficiente para dar a atleta a medalha de ouro na etapa. Em agosto de 2013, a atleta foi a única brasileira a participar da sexta edição dos Jogos Mundiais de Anões, na qual conquistou a medalha de ouro.
- Já havia participado de outras competições regionais, mas essa foi a primeira internacional. Além do mais, me tornei campeã na primeira competição internacional que disputei. A sensação é inexplicável, saber que todo o trabalho feito volta em forma de medalhas. Representar o Brasil é algo que não tem palavras - contou a atleta.
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Por Ferreira Neto Natal
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