Como se não bastasse o jejum de quase oito anos sem títulos, o Arsenal vem colecionando vexames dentro de campo – como no último sábado, na eliminação da Copa da Inglaterra, em casa, para o Blackburn Rovers – e fora dos gramados, ocupando espaço de coadjuvante na hora das contratações, vendendo ídolos e repondo com peças de qualidade duvidosa. Receita ideal para esgotar a paciência da torcida e abalar até o prestígio de Arsène Wenger, há 17 anos à frente dos Gunners.
- Temos que esquecer o que os críticos dizem. Acredito na qualidade e na força mental de minha equipe. O importante é focar em nosso jogo e mostrar o melhor futebol possível contra o Bayern. Sem pressa, pois serão 180 minutos - disse Wenger.
O treinador francês, que estava extremamente mal-humorado em sua entrevista coletiva nesta segunda-feira, admitiu que o empate sem gols no primeiro confronto com os alemães não seria um cenário ruim para o Arsenal.
- Zero a zero em casa é um resultado muito bom. Não é um desastre. Mas temos características ofensivas e vamos jogar pra vencer - prometeu.
A história dos gigantes europeus na Liga dos Campeões também é bem diferente. Enquanto o Arsenal ainda busca seu primeiro título na competição, o Bayern quer o quinto troféu - venceu em 1973/74, 1974/75, 1975/76 e 2000/01, além de ter perdido outras cinco decisões -, atrás apenas de Liverpool, Milan e Real Madrid no rol dos maiores campeões.
Pressionado, o técnico Arsène Wenger precisa recorrer ao passado para se desvencilhar das críticas da imprensa inglesa.
- Ganhei quatro vezes a Copa da Inglaterra. Quem ganhou mais nos últimos anos? Tenho ouvido muitas análises superficiais sobre o Arsenal. Hoje em dia tem muito especialista sobre tudo, mas eles nem sempre estão certos. Acredito em meu time - disse o francês.
Para o Bayern, a competição também tem ares de uma provável última oportunidade para um grupo de atletas vencer a competição com a camisa do multicampeão alemão. Com a iminente chegada de Pep Guardiola, é natural que o clube bávaro passe por alguma reformulação após o término da temporada. Portanto, não seria exagero pensar que alguns dos jogadores que fizeram parte das campanhas dos vice-campeonatos em 2009/10 e 2011/12 podem ter na atual disputa a última chance de, enfim, conquistar a cobiçada taça europeia. Lahm, Schweinsteiger, Robben, Ribéry, Mario Gomez, Van Buyten e Müller são alguns dos que bateram na trave nos últimos três anos e seguem no elenco do Bayern de Munique.
- Ficar mais de dois anos sem levantar um troféu não é normal para o Bayern. Temos que mudar isso. No ano passado fizemos uma excelente temporada, mas sem um título não é o suficiente. Os jogadores estão motivados e famintos por vitórias - disse o técnico Jupp Heynckes.
Fonte globoesporte.com
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