
Para a Confederação Brasileira de Futebol, o retorno do Campeonato Alemão é considerado "muito animador"; um passo importante visando a volta do esporte também no Brasil, porém, em outro momento. Essa é a análise do secretário-geral da CBF, Walter Feldman, em entrevista exclusiva ao repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes.
Na Alemanha, protocolos rígidos foram seguidos, como o distanciamento de um metro e meio entre jogadores, seja na entrada em campo ou no banco de reservas. Todos com máscaras, menos os 22 titulares e a arbitragem.
Nada de cerimônia de abertura, aperto de mão e entrevistas pós-jogo. Um futebol diferente, mas que, segundo o secretário, é um bom exemplo a ser seguido no futuro.
"É muito animador. Quando a Alemanha começa a voltar, é uma sinalização de que é possível se pensar em algum retorno nesse momento no Brasil em termos de treinamentos. O Brasil se prepara para que em momento adequado e muito responsável possa um dia voltar. E esperamos que esse dia não esteja tão longe", disse Feldman.
Quanto às partidas em si e ao pré-jogo alemão, o secretário-geral da CBF observou alguns tópicos que precisam ser corrigidos, como abraços na hora dos gols e casos de jogadores que saíram da concentração, mesmo com a ordem para que todos permanecessem confinados por uma semana em hotéis antes das disputas.
Novas medidas
Um protocolo formulado pela coordenação médica da CBF para o retorno do futebol no Brasil está sendo avaliado pelo Ministério da Saúde e por secretários de estados e municípios, porém não há prazo para resposta.
Walter Feldman adiantou com exclusividade à Rádio Bandeirantes um aprimoramento brasileiro em relação as medidas tomadas na Europa. A implementação do teste olfativo da Covid-19 nos jogadores durante o período de preparação.
Planejamento alemão
Na Alemanha, a testagem tradicional é muito utilizada. Mais de 1.700 exames foram feitos em clubes da primeira e da segunda divisão nas últimas semanas.
O ex-atacante Cacau, brasileiro naturalizado alemão que atuou pela seleção germânica, destrincha o planejamento feito pelas entidades do país, iniciado ainda no fim de março.
"A Bundesliga (Liga Alemã) trabalhou muito com o governo, porque eles falaram que o futebol não pode tirar testes de Covid da sociedade só para os jogadores terem essa vantagem", disse Cacau.
Durante as oito partidas do fim de semana, o protocolo permitiu no máximo 322 profissionais nos estádios, vestiários com portas abertas e permanência dos atletas no local por até 30 minutos. Detalhe: os jogadores precisaram lavar os uniformes em casa.
Antes da Alemanha, a bola já tinha rolado em países como Bielorrússia e Coréia do Sul. Em Portugal, tudo planejado para o dia 4 de junho e na Espanha, os times foram liberados hoje para os primeiros treinos coletivos.
Fonte Band Esportes Foto: Martin Meissner/Reuters
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