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sábado, 29 de outubro de 2016

Gustavo Borges realiza atividade em Natal para incentivar natação infantil

Gustavo Borges ex-nadador em Natal (Foto: Luiz Henrique/GloboEsporte.com)

Detentor de quatro medalhas olímpicas, sendo duas de prata e duas de bronze, ex-nadador Gustavo Borges largou as piscinas em 2004, mas não abandonou o esporte. Com um projeto de inclusão esportiva que desenvolve há 11 anos, viaja pelo Brasil proferindo palestras e incentivando a prática da natação enquanto elemento educativo. Em Natal nesta quarta-feira, o ex-nadador participou de atividades educativas com alunos da educação infantil de um colégio na capital potiguar.

Na atividade, o nadador realizou o "Desafio Tubarão" para demonstrar para as crianças a força do esporte. Dessa forma, busca despertar a vontade de praticar natação desde a infância e, assim, trabalhar a formação cidadã, ressaltando os valores da sala de aula para as piscinas.

- O nosso objetivo é fazer um trabalho estruturado dentro da educação aquática. Nossa preocupação era muito grande quanto ao desenvolvimento dos alunos. Para isso, analisamos os alunos para ver o desenvolvimento que eles têm. Quando você traz a sala de aula para dentro da piscina, você trata com carinho uma disciplina que merece todo respeito, porque os valores inseridos são os mesmos que estão dentro da sala de aula e dentro de casa. Então, valores como confiança, comprometimento e disciplina estão inseridos na aula de natação - contou o ex-nadador ao GloboEsporte.com.

Praticante de natação desde os cinco anos de idade, Gustavo Borges relembrou o caminho trilhado até se tornar um atleta de alto rendimento. Criado na cidade de Ituverava, no interior de São Paulo, Gustavo passou por diversos esportes, como vôlei e basquete, e acabou optando pela piscina. Segundo ele, a transição de sua iniciação na natação para se tornar atleta de alto rendimento foi natural, mas não é comum que seja assim. Muitos atletas desistem no meio do caminho por falta de incentivo familiar ou infraestrutura nas cidades natais.

- O grande responsável pela transição de um aluno, ou nadador, que esteja nas categorias de base (mirim, infantil, juvenil, júnior e adulto), ou na sua formação, para o competitivo são os pais. Se os pais não estiverem envolvidos, a coisa não acontece. Tem muito jovem que faz, que quer fazer e os pais apoiam, mas a grande maioria escolhe o lazer no fim de semana. É muito mais interessante para a família utilizar o fim de semana para o lazer do que ficar das 7h às 22h em uma competição em cidades afastadas, com infraestruturas ruins. O sacrifício que o atleta precisa ter para se superar e chegar a algum lugar, o pai precisa ter para ir junto. Isso é difícil - completou o nadador.

Por GE RN Foto: Luiz Henrique

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