Consagrado na história do paradesporto mundial, Clodoaldo Silva se prepara para encerrar a carreira nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Antes de cair nas piscinas na Cidade Maravilhosa, o nadador potiguar terá uma missão especial: carregar as tochas olímpica e paralímpica em Natal, onde nasceu. No lançamento da tocha paralímpica, ele manifestou o desejo de que o bairro de Mãe Luiza, onde foi criado e cresceu, seja inserido na rota do revezamento. Agora, usou uma rede social para explicar o motivo desta campanha.
"Há alguns dias, participei na cidade do Rio de Janeiro do lançamento da tocha paralímpica e eu sou um dos 700 indicados para fazer parte dessa grande festa, conduzindo a tocha na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, em meados do mês de maio e fiz um pedido bastante especial. Pedi para que a tocha sofresse um pequeno desvio em sua rota. Pedi que ela pudesse passar por Mãe Luiza.
Esse bairro localiza-se na periferia de Natal e por muito tempo foi conhecido pela violência, criminalidade e venda de drogas, mas foi o bairro que nasci, que me criei, que aprendi o que é o certo e errado da pior forma. E a pior forma foi por muitas vezes perder amigos para as drogas, perder amigos em tiroteios com facções rivais ou com a polícia. No entanto, com todas essas mazelas, foi um lugar que aprendi a amar, respeitar e admirar pessoas que, com tantas dificuldades, vivem um dia após o outro, sempre com muito otimismo e esperança em dias melhores.
Por isso, faço questão de conduzir a tocha paralímpica e olímpica na 'minha casa' para que os governantes também possam visitar esses lugares de vulnerabilidade social em todos os momentos e não só em campanhas eleitorais", postou.
Nada mais justo, né? Daqui do blog, encampamos a ideia e esperamos que o Tubarão seja atendido. E que em maio estejamos acompanhando de perto a concretização deste sonho.
Por Augusto César Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário