Segundo levantamento realizado pelo portalnoar.com, nove gols, dentre os 14 marcados pelo time potiguar na competição até aqui foram assinalados nos 15 minutos finais da partida – grande parte deles no acréscimo de jogo. Chama atenção também o fato de o time ter marcado apenas três gols na primeira hora de partida.
Ou seja, esperar gol americano antes dos primeiros 60 minutos de duelo é aguardar pelo improvável. O time, em geral, só começa a balançar as redes adversárias nos 30 minutos finais do confronto e seus acréscimos. Para comprovar os dados, basta recorrer à memória recente do torcedor.
Na última sexta-feira (30), na vitória americana contra a Luverdense-MT, no Estádio Nazarenão, em Goianinha-RN, o time voltou a fazer uso dos acréscimos para definir a partida e marcou aos 45 e aos 48 minutos de jogo, respectivamente com Rodrigo Pimpão e Adriano Pardal.
Antes, contra Portuguesa-SP, ainda pela quinta rodada da competição, uma virada surpreendente também veio no acréscimo da partida, resultando na vitória americana por 2 a 1, na casa do adversário. Diante do Atlético-GO, não veio a vitória, mas um empate aos 47 minutos, na Arena das Dunas, depois de o time sofrer a virada dentro de seus próprios domínios. O placar acabou com um 3 a 3 que chegou a ser comemorado pelos rubros.
E o artilheiro do minuto final tem nome e sobrenome. O atacante Rodrigo Pimpão é um dos principais responsáveis por garantir pontos e saldo de gols ao time americano próximo ao apito que encerrará a partida. Dos cinco gols marcados nesta Série B pelo jogador, quatro deles acontecerá a partir dos 75 minutos de jogo.
O próprio técnico americano reconhece que o desempenho ofensivo da equipe tem “maltrado” o torcedor que tem tido que esperar sempre pelos episódios finais da partida para soltar o grito de gol. “Tá castigando o torcedor e a gente sofre ali fora também né?”, brinca Oliveira Canindé.
Recíproca verdadeira
Mas não é apenas o ataque que tem “resolvido” funcionar no final dos jogos. A defesa, por outro lado, tem “relaxado” nos minutos finais e oferecido aos rivais a chance de furar o bloqueio rubro ou mesmo arrancar pontos americanos quando o tempo para o final da partida está próximo do fim.
Dos 12 gols sofridos pelo time potiguar, quatro aconteceram nos 15 minutos que restam da partida. O segundo como um todo tem sido cruel para o time rubro que sofreu quase todos os gols nesta etapa de jogo. Ao todo, foram nove, ou seja, 75% das vezes que a defesa foi vencida, acontece na segunda parte do confronto.
“A gente sabe da paixão do torcedor, o que ele quer, o que ele espera, mas eles não vivem o dia a dia e não tem noção do que é que estamos vivendo. Procuramos satisfazê-lo de todas as maneiras possíveis, mas as vezes é difícil fazer da maneira que eles imaginam”, justifica o treinador americano.
Por Bruno Araújo (Editor) via Portal no Ar Foto Wellington Rocha
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