Eu estava como sempre saboreando a maravilhosa pizza da Panetteria Di Capri, em Barão Geraldo, quando Cristiano Ronaldo fez seu terceiro gol contra a Suécia e sacramentou a classificação de Portugal para a Copa do Mundo do Brasil em 2014. Meu amigo Paulo Magalhães, um dos sócios da panetteria, português de corpo e alma, com muito orgulho, esbanjava uma alegria contagiante pela atuação do “menino de ouro” da seleção portuguesa.
Para os portugueses não há nenhuma dúvida. Ronaldo é o cara. Um humorista português – essa circulou pelas redes sociais – no auge do entusiasmo, mandou Blatter, Messi e todo mundo para um lugar impublicável aqui. É bonito de ver a adoração dos nossos patrícios pelo futebol de Cristiano Ronaldo. E o “gajo”, com 28 anos, não costuma decepcionar. Sua atuação contra a Suécia no jogo da classificação foi memorável e histórica. Mas não é só o “menino de ouro” que vai ganhar holofotes no Brasil em 2014.
Os argentinos estão um pouco apreensivos com as contusões de Lionel Messi. Esse, aos 26 anos, é um craque por excelência, na minha modesta opinião, o mais completo dos jogadores que puder ver atuando depois de Pelé. Soma velocidade, habilidade, inteligência, raciocínio rápido e uma capacidade de enxergar o jogo digno de ave de rapina. Em plenas condições de jogo, eu cravaria Messi como o grande craque da Copa do Brasil. Mesmo jogando entre companheiros não tão habilidosos como ele na imprevisível seleção Argentina. Messi em campo é sempre sinal de momentos de pura arte com a bola.
O Brasil aposta em Neymar. E é uma excelente aposta. O menino tá jogando o fino. E é o mais novo no trio. Com 21 anos, Neymar tem muito fôlego e ainda está aprendendo. Como todo bom craque, parece ter olhos na nuca. Enxerga o campo de forma diferente, e sabe tirar proveito de suas virtudes, que não são poucas. Ainda prende demais a bola em alguns momentos inoportunos, dando tempo e condições para que os adversários, menos rápidos e mais cabeças de bagre, lhe desçam a botina. Precisa aprender com Messi o segredo de colar a bola nos pés quando possível e de soltá-la antes da chegada dos trogloditas adversários. Mas, como disse, tem 21 anos e muita vontade de aprender. Tem tudo para fazer uma brilhante Copa diante de sua torcida.
Correndo por fora, outros grandes jogadores também querem fazer história. O exibicionista Balotelli, da Itália, por exemplo.Na seleção inglesa, o imprevisível Wayne Rooney, que parece saber fazer com maestria apenas uma única jogada, que os zagueiros não conseguem marcar. Özil, o meia da Alemanha, é sempre uma promessa.
Mas ainda não conseguiu se tornar unanimidade, muito por causa da irregularidade de suas apresentações. Há quem aposte em Andrés Iniesta, o cérebro da Espanha, sempre terceiro colocado na escolha do melhor do mundo, atrás de Messi e Ronaldo. Não fez cócegas na Copa das Confederações. Mas pode surpreender e ganhar os focos ao lado de Xavi, Sérgio Ramos e Fernando Torres, todos eles buscando um lugar ao sol no olimpo dos craques.
Pena que Zlatan Ibrahimovic venha apenas para fazer turismo e assistir de camarote seus colegas correr em campo. Mas, se vier mesmo, também vai ganhar o foco da mídia. Afinal, com um metro e noventa e cinco de altura – e aquele nariz! – não passa despercebido em lugar nenhum.
Fonte Além das Linhas Nilson Ribeiro
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