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terça-feira, 23 de junho de 2020

Botafogo emite nota de repúdio após decisão do STJD sobre retorno aos gramados


Após o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) determinar que o Botafogo deve retornar aos gramados a partir do dia 28 de junho, o clube se manifestou contrário e emitiu uma nota de repúdio.

Além do alvinegro, o Fluminense também solicitava na Justiça disputar o campeonato estadual a partir do mês de julho.

Confira a nota:
“O Botafogo de Futebol e Regatas vem a público manifestar o seu posicionamento após a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na tarde desta terça-feira (23/6), que definiu as partidas do time profissional na Taça Rio do Campeonato Carioca para a partir dos dias 28 de junho e 1ª de julho, referente às 4ª e 5ª rodadas, respectivamente.

1. Desde o início da pandemia, o Botafogo se posicionou contra o retorno dos jogos com a pressa difundida pela maioria dos clubes do Rio de Janeiro. Além de desconexão com a realidade, uma vez que as estatísticas da COVID-19 seguem em níveis alarmantes, é questão de insensibilidade com as mortes e um mau exemplo para a sociedade — o futebol, como se sabe, pauta costumes, gestos e atitudes da população. Definitivamente, retornar competições dessa forma assoberbada não é a melhor mensagem para o momento por parte de tão importantes influenciadores. Por essa conjunção de fatores, o Clube adiou o seu retorno aos treinos e foi a última equipe carioca a retomar atividades presenciais.

2. Membros conceituados da sociedade médica foram categóricos ao afirmar que, após 90 dias de paralisação de treinos com bola, necessita-se de um período de cerca de três semanas para que se tenha condições adequadas de preparação física. Apesar da recomendação, o Botafogo aceitou reduzir, nos debates no Conselho Arbitral e nos tribunais, o seu tempo de treinos de modo que se alcançasse um consenso para realização de suas partidas apenas a partir de 1º de julho.

3. É constrangedor ser obrigado a competir no único país que planeja jogos de futebol convivendo com registros, em média, superiores a 1.000 mortes e 30.000 contaminações por dia. O único no mundo a iniciar partidas com essa marca de óbitos e casos. A pressa é sem explicação: não há outras competições, nacionais ou internacionais, agendadas. Não há calendário futuro. Jogar com essas marcas é falta de respeito aos mortos e seus familiares. É sob um recorde fúnebre. Para não enlamear mais o campeonato em que as pessoas perderam o bom senso, o Botafogo está fazendo sacrifícios para encerrar esse triste momento.

4. O Botafogo lamenta a inflexibilidade e postura de alguns componentes Conselho Arbitral da FERJ que durante todo o período de debates desrespeitaram posições contrárias, seja com reuniões paralelas ou movimentos claramente ensejados para minar quem apresentava discordância de opiniões. Muitos dos quais colocaram seus interesses acima da vida humana. Certamente, colaboraram para prejudicar a imagem do futebol carioca e o próprio produto que buscam ter sucesso.

5. O Botafogo informa que não vai recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Clube respeita o que foi definido pela Justiça Desportiva, pois entende que esse é fórum adequado para a discussão do assunto. O Comitê Executivo de Futebol e a Comissão Técnica foram convocados para que seja definido o plano de trabalho da equipe profissional a partir da decisão comunicada pelo STJD. Quando o Botafogo voltar a disputar uma partida, certamente será sob protesto e luto por aqueles que nos deixaram nesse momento difícil.

6. O Botafogo segue convicto de suas posições ao longo dos últimos meses e orgulhoso por estar no lado certo da história.

Botafogo de Futebol e Regatas”

Da Redação BandSports Foto: Divulgação/Site STJD

Clubes brasileiros podem perder jogador de graça por redução de salário

Guilherme Martorelli explicou a situação dos jogadores

A maior parte dos clubes brasileiros decidiu apelar para a redução de salário dos seus atletas como forma de evitar uma crise financeira ainda maior em razão do novo coronavírus. O problema, porém, é que as negociações para diminuição da folha salarial foram feitas de forma polêmica e, em alguns casos, elas podem também ter sido realizadas de forma ilegal, de modo a resultar em processos trabalhistas e até perda de jogador na justiça de forma gratuita.

Para saber os riscos que os clubes correm nesse sentido, a reportagem ouviu advogados e o Sindicato dos Atletas de São Paulo. De modo geral, a visão é que os dirigentes deixaram diversas brechas jurídicas que podem acarretar em processos trabalhistas.

Existem dois pontos que podem causar problemas para os clubes. A redução dos direitos de imagem abre brecha para processos trabalhistas. Os clubes que reduziram em mais de 25% também podem ter complicações jurídicas pelo fato de o acordo não ter sido feito pelo Sindicato.

A MP de Bolsonaro diz que o empregador pode fazer acordo individual com o funcionário para reduzir em mais de 25% se o salário dele for igual ou inferior a R$ 3.135,00 ou se o funcionário tiver diploma de nível superior e receber salário mensal igual ou superior a R$ 12.202,12, valor que representa duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Caso a redução tenha sido de 25%, a negociação pode ser feita individualmente.

CORTE SALARIAL!
Ou seja, a negociação com atletas que tiveram redução acima de 25% do salário e que recebem mensalmente R$ 12.202,12 pode não ter validade. "O ideal para a redução salarial seria uma negociação acertada com o sindicato, mas sabemos que isso é uma utopia no futebol brasileiro, infelizmente", disse Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito desportivo.

A reportagem apurou que nenhum clube paulista entrou em contato com o Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo para negociar a redução. "Sim, infelizmente não participamos desse acordo e isso é ruim para todos os envolvidos, pois dessa maneira esses acordos não são válidos", explicou Guilherme Martorelli, advogado do sindicato.

A maioria dos clubes informou que reduziu em 25% o salário dos atletas a partir de abril. O São Paulo cortou em 50% (informação não confirmada pelo clube) e seria um dos times que podem ter problemas futuro. A reportagem conversou com pessoas ligadas a atletas de outras agremiações e eles confirmaram que o time tricolor não é o único que fez redução acima dos 25%.

A redução sem valor legal significa que o clube está pagando menos do que deveria aos jogadores neste período.

"Não é porque estamos em uma pandemia que o clube pode reduzir salário. É preciso comprovar que não tem condições de arcar com o salário dos atletas e isso precisa ser bem justificado", explica Leonardo Andreotti, advogado e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.

De acordo com a Lei Pelé, se o clube passar três meses sem pagar o salário total ou parcial, o atleta poderá entrar na Justiça e pedir rescisão contratual. "Reduções não válidas são interpretadas como mera falta de pagamento de salário. Então, o atleta pode solicitar a rescisão indireta do contrato, uma vez que a Lei 9.615/98 determina que o não pagamento dos salários pelo período de três meses ou mais, dá ao atleta o direito de requerer a rescisão", diz Martorelli.

"Os atletas podem alegar que não houve acordo para a redução e buscar sua liberação pela via judicial devido ao pagamento parcial do salário", completou Carlezzo.

REDUÇÃO DOS DIREITOS DE IMAGEM
Os clubes que reduziram os direitos de imagem podem ter problemas também. O acordo é feito por um contrato civil e não tem ligação com o vínculo de trabalho e pode ser negociado diretamente, sem a participação do sindicato. Qualquer alteração no contrato é preciso que um novo documento seja feito com tais mudanças. Mesmo para o caso de clubes que reduziram e prometeram pagar a diferença nos próximos meses. O Estadão apurou que há clubes que não fizeram tal mudança.

Entretanto, é comum que os times usem os direitos de imagem como forma de pagamento do atleta. "Na prática, clubes e jogadores se confundem com isso. Muitas vezes, a forma com que se contrata esse direito de imagem é fraudulenta e isso faz com que o direito de imagem seja considerado salário. Isso pode causar insegurança jurídica grande", disse Andreotti.

"A norma libera a redução de salário, o que tem natureza trabalhista. O contrato de imagem dos atletas tem natureza civil. Portanto, não é possível a redução da remuneração prevista no contrato de imagem", explicou Carlezzo. Dentre os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, o Red Bull Bragantino é o único que não reduziu salários nem direitos de imagem dos atletas. A maioria reduziu em 25% e alguns se comprometeram a devolver a quantia após a pandemia passar.

Por Agência Estado

Em clima de tristeza e comoção, ex-craque do Seridó, Canteiro, é sepultado em Jardim do Seridó! Amigos do futebol relembram grandes momentos


Em clima de muita tristeza e comoção, o ex-craque do Seridó e do Centenário de Parelhas, Canteiro, foi sepultado em Jardim do Seridó-RN, e sobre seu caixão a bandeira do Clube que com tanto amor defendeu. Na manhã desta segunda feira dia 22, na presença de poucas pessoas em virtude da pandemia de corona vírus, o senhor Cantidiano Bezerra da Silva, conhecido no meio da bola como Canteiro, recebeu as ultimas homenagens de seus amigos e familiares.

Canteiro, morre aos 75 anos e deixará muitas lembranças para o conheceu e o viu jogar. Inclusive, alguns amigos que o viram jogar e puderam atual com ele e em times opostos, relatam grandes momentos e falam dele com satisfação. 

O Blog Lance Esportivo falou com alguns amigos. Brejeiro das Águas, grande desportista de Jardim do Seridó, relembrou grandes partidas com Canteiro em campo. "Joguei no clube da Petrobrás em Natal e lá o vi jogar, era uma pessoa super atenciosa fora de campo e dentro de campo era um gênio, um verdadeiro craque de bola", falou Brejeiro.

Outro que falou ao Blog foi Merion Medeiros de Acari-RN. "Conhecia demais, era um verdadeiro craque e homem, dentro e fora de campo. Um fato curioso contato por Merion foi que, eles tinham um bom goleiro, "cujo apelido era macaco", que quando Canteiro ia jogar o goleiro se tremia todo. Era uma grande jogador disse Merion que também lamentou sua partida".


O ex-árbitro e hoje comentarista da Rádio Globo Natal Cézar Virgílio (na foto a direita ao lado de Canteiro). “Olha Jarbas fiz alguns jogos com ele em campo e posso aqui destacar dois, ambos na festa de São Sebastião, Parelhas, em janeiro de 71 e 72. Centenário x Treze e Centenário x Riachuelo. Foram dois grandes jogos”. Eram os chamados "jogos da festa. Grandes jogos com grandes públicos. “Canteiro era um grande jogador, inteligente, habilidoso, driblador e disciplinado dentro de campo. E fora de campo, um amigo e bom caráter. Gostava muito dele, de conversarmos. Com certeza, deixa saudades”, disse Cézar Virgílio que é natural na cidade de Parelhas-RN.

Seu Geraldo Chamba outra grande abnegado do esporte Jardinense falou sobre Canteiro. "Eu o assisti muito ele jogar. Jogava muito. Foi um dos melhores jogadores que já pisou aqui na Região do Seridó. Inclusive, tanto jogava futebol quanto futsal. O cara jogava muito. Vai deixar saudades", disse Geraldo Chamba.

Abismael da cidade de Parelhas-RN falou a nossa reportagem. "Todo Seridó sabe da trajetória de Canteiro, era um grande craque. Fez história na conquista da Copa Aluísio Alves em 1968 pelo Centenário. Por onde passou ele sempre foi muito bem quisto", disse o ex-atleta. 

O Blog ouviu essas grandes personalidades do futebol Seridoense e resolveu prestar essa simples homenagem. O Lance Esportivo se solidariza com os familiares e amigos.